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Sistema de reconhecimento facial erra e homem é preso injustamente

Vítima processa a polícia de Detroit, nos EUA, por ter ficado detido com base em análise errada de programa de computador

Internacional|João Melo, Do R7*

Robert Williams ficou preso por horas 30 em centro de detenção
Robert Williams ficou preso por horas 30 em centro de detenção Robert Williams ficou preso por horas 30 em centro de detenção

Um cidadão norte-americano está processando o Departamento de Polícia de Detroit por ter sido falsamente acusado e preso com base em uma análise errada realizada por um sistema de reconhecimento facial.

Robert Williams foi detido injustamente por 30 horas em 2018 após a polícia da cidade de Detroit, no estado de Michigan, nos Estados Unidos, examinar imagens de câmeras de segurança relacionadas a um furto que havia acontecido em um determinado local.

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) afirmou que o processo que começou a ser movido na terça-feira (13) tem como base a Quarta Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que refere-se a buscas e apreensões realizadas de forma arbitrária, sem indícios de culpabilidade.

A ação tem como objetivo indenizar Robert Williams e também pedir mudanças que impeçam abusos relacionados ao uso de tecnologias de reconhecimento facial nos Estados Unidos.

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“Sabemos que a tecnologia de reconhecimento facial ameaça a privacidade, transformando todos em suspeitos”, disse Phil Mayor, advogado da ACLU de Michigan que representa Robert no caso. “Pedimos repetidamente ao Departamento de Polícia de Detroit que abandone o uso dessa tecnologia perigosa. A justiça exige que o DPD e seus oficiais sejam responsabilizados”, completa.

Entenda o caso

Para ter uma investigação mais apurada em relação a um furto realizado em um estabelecimento, o detetive responsável pelo caso utilizou a tecnologia de reconhecimento para identificar o indivíduo em uma imagem granulada em um vídeo. O sistema, então, sinalizou que a pessoa seria Robert com base em uma combinação feita com uma foto da carteira de motorista do rapaz.

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Contudo, como sistema de reconhecimento facial ainda não é tão preciso e comete muitos erros ao identificar pessoas negras, o departamento selecionou uma série de fotos de possíveis suspeitos identificados pela tecnologia e mostrou a um policial que não tinha testemunhado o furto, para que pudesse dar o veredito final. Williams foi escolhido.

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No momento do incidente, o cidadão estava dirigindo do trabalho em direção à sua casa e quando chegou na residência foi preso na frente da garagem.

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“Cheguei em casa do trabalho e fui preso na garagem, na frente de minha esposa e das minhas filhas, que assistiram em lágrimas, porque um computador cometeu um erro”, revelou Robert Williams em comunicado divulgado pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) de Michigan, que está movendo o processo contra o Departamento de Polícia de Detroit.

“Isso nunca deveria ter acontecido, e quero ter certeza de que essa experiência dolorosa nunca aconteça com ninguém”, completou Williams. Ele passou 30 horas em um centro de detenção de Detroit, tendo sido forçado a dormir no chão do local devido à superlotação.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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