‘Situação do Hamas parece absolutamente insustentável’, afirma especialista sobre ultimato de Trump

O grupo terrorista Hamas disse que ainda precisa de tempo para estudar a proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos. O plano, apoiado pelo primeiro-ministro israelense, prevê uma trégua imediata na Faixa de Gaza, a libertação de todos os reféns israelenses em 72 horas, o desarmamento do Hamas e uma retirada gradual de Israel de Gaza. A proposta ainda sugere uma transição pós-guerra liderada por Donald Trump.

Um representante do grupo terrorista, ouvido por uma agência de notícias, disse que o Hamas continua realizando consultas sobre o plano e informou aos mediadores que precisam de algum tempo. O grupo também disse em um comunicado que o plano tem pontos preocupantes.

Negociadores americanos e israelenses disseram estar abertos a mudanças pontuais no plano, mas destacaram que não vão aceitar alterações na proposta. Na terça-feira (30), Trump deu um ultimato ao Hamas de “três ou quatro dias” para aceitar o plano.

Nesta sexta-feira (3), o presidente emitiu um comunicado reforçando que o grupo terrorista tem até as 19h de domingo, para dar uma resposta.

Em entrevista ao Conexão Record News, Lier Ferreira, analista internacional e pesquisador, diz que “a situação do Hamas parece absolutamente insustentável, principalmente agora que os Estados Unidos deram esse ultimato aos seus principais dirigentes”.

“Eu não vejo como o Hamas ganhar muito mais tempo além desse prazo que foi estipulado pelo presidente Donald Trump”, completa.

Segundo Ferreira, sem debater questões como a temporalidade e a gradualidade da retirada da ocupação de Israel de Gaza e quais serão “as forças internacionais que estarão garantindo uma paz”, é difícil acreditar que haja uma “paz duradoura”.

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