Resumindo a Notícia
- Situação na usina nuclear de Zaporizhzhia “segue se deteriorando”, alertou diretor da AEIA
- Autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ter voltado a bombardear as instalações da usina
- Apesar disso, o índice de radiação no local não estava acima do normal
- Usina de Zaporizhzhia tem sido alvo de constantes bombardeios nos últimos meses
Maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhia segue se deteriorando
Stringer/AFP - 11.9.2022A situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, “segue se deteriorando”, alertou nesta quarta-feira (21) o diretor-geral da AEIA (Agência Internacional de Energia Atômica), Rafael Grossi, enquanto os ucranianos acusavam a Rússia de voltar a realizar bombardeios.
“A situação segue se deteriorando e não podemos nos dar ao luxo de esperar que aconteça uma catástrofe”, disse Grossi, após uma reunião sobre a representação da França nas Nações Unidas.
O diretor da AIEA afirmou que discutiu o assunto com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, com quem se reuniu mais cedo à margem da Assembleia Geral da ONU na sede da organização em Nova York.
“Enquanto continuarem os bombardeios, os riscos são enormes”, acrescentou.
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As autoridades ucranianas acusaram nesta quarta a Rússia de ter voltado a bombardear as instalações da maior usina nuclear da Europa, mas garantiram que o índice de radiação no local não estava acima do normal.
“Mesmo nas piores condições, a diplomacia nunca pode parar. [...] É nossa responsabilidade fazê-lo com propostas pragmáticas e realistas, e isso é o que estamos tentando fazer”, comentou Grossi.
Ao lado dele, a ministra francesa de Relações Exteriores, Catherine Colonna, explicou que o objetivo é “uma desmilitarização da planta no marco da soberania da Ucrânia”.
Ao saber sobre os novos bombardeios, o operador público das instalações nucleares ucranianas, Energoatom, pediu nesta quarta-feira que a AIEA “atue com maior determinação” contra Moscou.
A usina de Zaporizhzhia, ocupada pelas tropas russas desde as primeiras semanas da invasão da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, tem sido alvo de constantes bombardeios nos últimos meses.
Kiev e Moscou negam a responsabilidade e acusam um ao outro de chantagem nuclear.