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Sob pressão do Brasil, países se reúnem em evento da ONU para acelerar metas climáticas

Encontro visa impulsionar a ação global para reduzir emissões até 2035 com acordos antes da COP30

Internacional|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O presidente Lula participará do evento sobre ação climática e COP30 na Assembleia da ONU em Nova York.
  • O objetivo é incentivar a apresentação de novas metas de redução de gases de efeito estufa até 2035.
  • A atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas é crucial para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
  • 80% dos países não atualizaram suas metas climáticas, levantando preocupações sobre o compromisso global com a questão ambiental.

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. Sede das Nações Unidas, Nova York (EUA)
Lula vai participar de evento com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres Ricardo Stuckert / PR - 23.9.2025

Nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de um evento especial de alto nível sobre ação climática organizado pelo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, durante a Assembleia Geral em Nova York, nos Estados Unidos.

O encontro visa impulsionar a mobilização internacional e estimular a apresentação de novas metas de redução de gases de efeito estufa para 2035, as chamadas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), compromissos assumidos individualmente por cada país signatário do Acordo de Paris (2015) para enfrentar as mudanças climáticas.


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O que são as metas climáticas

As metas são o principal instrumento do Acordo de Paris, firmado em 2015, para enfrentar a crise climática.

No acordo, todos os países signatários se comprometeram a apresentar, a cada cinco anos, objetivos voluntários de redução das emissões, que precisam ser progressivamente mais ambiciosos e compatíveis com o limite de 1,5 ºC de aquecimento global.


Os países signatários deveriam entregar a terceira rodada de NDCs até fevereiro de 2025, mas só dez signatários atualizaram seus compromissos. Diante do atraso, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, prorrogou o prazo até o fim de setembro.

O objetivo é permitir a inclusão das novas metas no relatório-síntese, divulgado antes da COP30, que acontece em novembro, em Belém.


O Brasil já apresentou suas metas atualizadas em novembro de 2024. O governo estabeleceu uma redução de 59% a 67% das emissões líquidas até 2035, na comparação com 2005.

COP30 depende das atualizações das metas climáticas

A atualização das metas climáticas é considerada crucial para manter vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 ºC.


Nesse contexto, a COP30 surge como uma oportunidade estratégica para acelerar a ação climática global, fortalecer o multilateralismo e garantir recursos e apoio à adaptação dos países mais vulneráveis.

Como país anfitrião da conferência, o Brasil busca impulsionar a comunidade internacional a cumprir os prazos. No discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, Lula reforçou a urgência do tema.

“O ano de 2024 foi o mais quente já registrado. A COP30, em Belém, será a COP da verdade. Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta. Sem ter o quadro completo das Contribuições Nacionalmente Determinadas, caminharemos de olhos vendados para o abismo”, afirmou.

“Em Belém, o mundo vai conhecer a realidade da Amazônia. O Brasil já reduziu pela metade o desmatamento da região nos dois últimos anos”, completou Lula.

Países não serão punidos se não entregarem metas, mas poderão prejudicar imagem global

Até agosto deste ano, aproximadamente 80% dos países não tinham atualizado as metas climáticas. Para o especialista em transição energética da FGV Daniel Vargas, a falta de atualizações nas metas climáticas acende um sinal de alerta para os compromissos globais.

Segundo ele, a maioria dos países ricos, grandes emissores de gases, não demonstra o mesmo comprometimento ambiental de antes, citando a Europa como exemplo, um dos maiores emissores de gases do mundo.

A falta de entrega das metas não gera punição para os países, mas pode prejudicar a imagem global de alguns membros.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o objetivo do evento em que Lula participará?

 

O evento tem como objetivo impulsionar a mobilização internacional e estimular a apresentação de novas metas de redução de gases de efeito estufa para 2035, conhecidas como NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas).

 

O que são as NDCs e qual a sua importância?

 

As NDCs são o principal instrumento do Acordo de Paris, firmado em 2015, para enfrentar a crise climática. Os países signatários se comprometem a apresentar, a cada cinco anos, objetivos voluntários de redução das emissões, que devem ser progressivamente mais ambiciosos e compatíveis com o limite de 1,5ºC de aquecimento global.

 

Qual é a situação atual das atualizações das NDCs?

 

Até a data prevista para a entrega da terceira rodada de NDCs para a COP30, apenas 10 signatários atualizaram seus compromissos. O prazo inicial era fevereiro de 2025, mas foi prorrogado até o fim de setembro para permitir a inclusão das novas metas no relatório-síntese.

 

Por que a atualização das metas climáticas é considerada essencial?

 

A atualização das metas climáticas é essencial para manter o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. O Brasil, como país anfitrião da conferência, busca impulsionar a comunidade internacional a cumprir os prazos estabelecidos.

 

O que Lula afirmou sobre a urgência do tema durante a Assembleia Geral da ONU?

 

Lula destacou que 2024 foi o ano mais quente já registrado e que a COP30, que ocorrerá em Belém, será um momento crucial para os líderes mundiais provarem seu compromisso com o planeta. Ele enfatizou a importância de ter um quadro completo das NDCs para evitar um futuro incerto.

 

Quais são as metas climáticas apresentadas pelo Brasil?

 

O Brasil já apresentou suas metas atualizadas, que estabelecem uma redução de 59% a 67% das emissões líquidas até 2035, em comparação com 2005. Isso resultará em uma emissão líquida anual de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e).

 

O que o especialista Daniel Vargas comentou sobre a falta de atualizações nas metas climáticas?

 

Daniel Vargas, especialista em transição energética da Fundação Getúlio Vargas, apontou que a falta de atualizações nas metas climáticas é um sinal de alerta para os compromissos globais. Ele observou que muitos países ricos, que são grandes emissores de gases, não demonstram o mesmo comprometimento ambiental de antes.

 

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