Um homem morreu nesta quinta-feira (19) em um hospital de Macusani, na região de Puno, no sul do Peru, onde estava sendo tratado após os confrontos ocorridos na última quarta-feira (18) entre manifestantes e policiais — o que eleva para 53 o total de mortos durante os protestos contra o governo. Segundo informou o hospital San Martín de Porres de Macusani em um comunicado, a vítima foi identificada como Salomón Valenzuela Chua, de 30 anos. "Expressamos nosso profundo pesar e infelizmente informamos a morte do paciente devido a choque hipovolêmico e trauma torácico aberto, complicando a função de outros órgãos vitais", detalhou a nota. O mesmo centro hospitalar havia relatado na quarta-feira a morte de uma mulher de 35 anos e a internação de um paciente com prognóstico reservado que apresentou "trauma torácico aberto". Essa nova fatalidade no sul do país elevou para 53 o total de mortes durante os protestos contra o governo peruano, que começaram em dezembro do ano passado — 21 delas registradas na região de Puno, que tem sido um dos epicentros do mobilizações desde que elas recomeçaram, no início de janeiro, após uma trégua de Natal. Na quarta-feira, em Macusani, ocorreram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança, que envolveram o ataque à sede judicial e à delegacia local, que foram incendiadas. Até agora, os confrontos durante os protestos deixaram 43 manifestantes mortos, além de um policial, enquanto outras nove pessoas perderam a vida por diversas causas vinculadas aos bloqueios de estradas e aos protestos. Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e o fechamento do Congresso, além da convocação de eleições gerais para este ano e de uma Assembleia Constituinte.