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Sobe para 8 o número de mortos em onda de protestos no Peru

Parte da população do país ocupa as ruas para pedir a renúncia da presidente Dina Boluarte após a tentativa de golpe de Castillo

Internacional|

Peruanos protestam na cidade de Arequipa e pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte
Peruanos protestam na cidade de Arequipa e pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte Peruanos protestam na cidade de Arequipa e pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte

Mais uma pessoa morreu na atual onda de protestos no Peru, o que elevou para oito o total de mortes desde domingo passado (11) até esta quarta-feira (14) nas manifestações que pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte e a convocação de eleições antecipadas e de uma assembleia constituinte.

“Há uma pessoa que foi morta, mas não por ação da polícia, nem por arma de fogo. Já deu entrada no necrotério, já foi feita a autópsia legal e a morte teria sido causada por um objeto contundente, uma pedra caiu sobre ela", disse ao jornal La República o general da Polícia Nacional do Peru (PNP), Augusto Javier Ríos.

O general Ríos afirmou ainda que "serão realizados os trâmites legais para a investigação da morte" da pessoa, ocorrida na terça-feira durante a tomada da ponte Chao, no departamento de La Libertad, no norte do país.

Ríos presumiu que, devido ao impacto de um objeto contundente na cabeça, a vítima fazia parte dos do grupo de "vândalos que estão na área" e que confrontaram a PNP e causaram danos ao mobiliário urbano.

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Dessa forma, os protestos registram sua primeira morte no norte do Peru, que se soma às outras sete mortes confirmadas, duas delas de menores de idade, ocorridas nos departamentos de Arequipa e Apurimac, no sul, entre o domingo e a segunda-feira.

O general declarou ainda que os que estão participando dos protestos na região são "criminosos" e que espera que as Forças Armadas e efetivos da Divisão Nacional de Operações Especiais (Dinoes) possam "retomar o controle da área".

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Prisão de manifestantes

Por outro lado, a PNP contabilizou nesta quarta-feira 71 detenções devido a distúrbios e manifestações ocorridos nos departamentos de Lima, Apurímac, Arequipa, Ica e La Libertad entre os dias 7 e 12 de dezembro.

A instituição informou em comunicado que os detidos estão supostamente envolvidos em crimes contra a "tranquilidade pública", "paz pública" e "distúrbios".

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A maioria das detenções ocorreu ao longo da segunda-feira, dia em que foram presos 62 manifestantes, segundo dados da PNP.

No departamento costeiro de Ica, policiais detiveram 35 participantes dos protestos que exigiam a destituição de Boluarte, que assumiu o cargo depois da prisão de Pedro Castillo após uma tentativa fracassada de autogolpe, e o fechamento do Congresso.

Estado de emergência no Peru

O governo peruano declarou nesta quarta-feira estado de emergência em todo o país durante 30 dias, o que implica a suspensão dos direitos de reunião, inviolabilidade do domicílio e liberdade de trânsito, entre outros, enquanto avalia a possibilidade de declarar um toque de recolher.

"Foi declarado estado de emergência para todo o país devido aos atos de vandalismo e violência, apreensão de estradas e rodovias, que já estão se estabilizando", disse o ministro da Defesa, Alberto Otarola.

"É necessária uma resposta enérgica e autoridade por parte do governo", acrescentou o ministro no pátio do Palácio do Governo em um breve pronunciamento enquanto era realizada uma reunião do Conselho de Ministros.

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