O suicídio coletivo de uma família francesa em Montreux, na Suíça, cujos cinco membros se jogaram do 7º andar de um prédio, um após o outro, foi preparado e até ensaiado, revelou nesta terça-feira (21) o Ministério Público, que vai arquivar o caso. Em 24 de março de 2022, o suicídio dessa família, que vivia de forma independente em um prédio elegante em Montreux, a poucos passos do cassino dessa cidade chique, à beira do lago Léman, causou comoção. O pai, de 40 anos, sua esposa, a irmã gêmea da esposa e a filha de 8 anos do casal morreram. Apenas o filho adolescente sobreviveu à queda, mas ficou gravemente ferido e em coma. Embora a investigação tenha demonstrado rapidamente que foi um suicídio, as conclusões do Ministério Público do cantão de Vaud revelam que "a mãe e a irmã tinham personalidades dominantes e possessivas, que contrastavam com a de um pai tímido". Elas tinham "um forte controle sobre as crianças e as mantinham na crença de que o mundo era hostil a elas", acrescentou ela. A família quase não tinha contato com o mundo exterior, os filhos estudavam em casa e apenas a irmã gêmea trabalhava regularmente. Segundo a investigação, a família "preparou, ensaiou e organizou a sua partida para 'um mundo melhor'", sem marcar uma data precisa. Nem a mãe nem a menina estavam registradas nos arquivos oficiais, mas o irmão mais velho provavelmente estudava em casa. Aparentemente, um procedimento de verificação realizado por dois policiais no dia 24 de março de 2022 pela manhã foi o que levou a família a realizar o ato.