Suposto espião americano detido na Rússia denuncia ameaças
Paul Whelan afirmou que investigador disse a ele que sua segurança seria afetada 'se não cooperasse com a investigação'
Internacional|Da EFE
O cidadão americano Paul Whelan, detido na Rússia por suposta espionagem, denunciou ter sofrido ameaças durante a investigação de seu caso, informou nesta sexta-feira (26) o representante da comissão pública encarregada de zelar pelos presos, Evgeni Enikeev.
"Whelan me disse que recebeu ameaças de que sua segurança corria perigo em prisão", disse Enikeev.
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O ativista comentou que o investigador do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, antiga KGB) que o levou à prisão após o julgamento em 14 de março disse a ele que sua segurança seria afetada "se não cooperasse com a investigação".
Enikeev explicou que Whelan, que também tem cidadania canadense, britânica e irlandesa, fez esta denúncia durante a primeira conversa que manteve com ele, já que o Sistema Penitenciário destinou um tradutor para conversar com os detidos estrangeiros.
Segundo o ativista, a tradutora interrompeu o diálogo a respeito, já que considerou que estavam sendo abordados temas vinculados à investigação sobre os quais os representantes da comissão pública não podem conversar com os detidos.
"Em essência a tradutora, que não é funcionária da prisão e não tem autoridade para isso, interrompeu e censurou a conversa. Os representantes da administração carcerária não chamaram a atenção e nem trataram de compreender o sentido do que Whelan disse", acrescentou.