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Suprema Corte do México torna o aborto legal em todo o país

Órgão decidiu que leis que penalizam a interrupção voluntária da gravidez são inconstitucionais e violam os direitos das mulheres

Internacional|Do R7, com informações da AFP

Foto de 28 de setembro de 2020 mostra apoiadores da legalização do aborto em uma manifestação no Dia Internacional do Aborto em Guadalajara, no México
Foto de 28 de setembro de 2020 mostra apoiadores da legalização do aborto em uma manifestação no Dia Internacional do Aborto em Guadalajara, no México

O Supremo Tribunal de Justiça do México determinou nesta quarta-feira (7) a descriminalização do aborto em todo o país, informou o órgão no Twitter (antigo X). A mais alta corte do país "decidiu que o sistema jurídico que penaliza o aborto no Código Penal Federal é inconstitucional, uma vez que viola os direitos humanos das mulheres e das pessoas com capacidade de gestar".

Segundo o jornal local Reforma, a decisão desta quarta-feira determina que o Congresso derrube os impedimentos previstos na legislação mexicana para a realização do aborto. No início de setembro de 2021, outra decisão da corte abriu espaço para que os estados legalizassem o procedimento, mas nem todos o fizeram. A capital Cidade do México foi a primeira jurisdição do país a descriminalizar o aborto, há 15 anos.

Com a decisão desta quarta, o México se junta a uma onda de descriminalização do aborto na América Latina, onde três países legalizaram o procedimento em três anos: primeiro a Argentina, em dezembro de 2020; depois o México, em setembro de 2021; e, por fim, a Colômbia, em fevereiro de 2022. Essa onda vai na contramão dos Estados Unidos, onde a Suprema Corte derrubou o direito constitucional à interrupção voluntária da gravidez em 2022.

Em junho do ano passado, a Suprema Corte dos Estados Unidos pôs fim a uma sentença que por quase 50 anos garantiu o direito das mulheres americanas ao aborto, mas que nunca havia sido aceita pela direita religiosa. A decisão não tornou o procedimento ilegal, mas levou o país a uma situação em que cada estado ficou livre para autorizá-la ou não.

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