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Suspeitos de reutilizar testes de covid-19 são presos na Indonésia

Segundo a polícia, até 9 mil passageiros que passaram por aeroporto no centro do país podem ter sido afetados pelo esquema

Internacional|Sofia Pilagallo, do R7*, com EFE


Pessoas que foram afetadas pelo esquema podem receber indenizações de até R$ 370 mil
Pessoas que foram afetadas pelo esquema podem receber indenizações de até R$ 370 mil

Cinco funcionários da Kimia Farma, empresa farmacêutica estatal da Indonésia, foram presos na semana passada por supostamente lavar e revender swabs nasofaríngeos usados para testar pessoas para a covid-19 no aeroporto de Kualanamu, em Medan, cidade no centro do país. Suspeita-se que até 9 mil pessoas possam ter sido examinadas com os kits.

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A Kia Farma, que demitiu os envolvidos e prometeu ampliar seus controles internos agora pode ter de enfrentar um possível processo judicial por parte dos viajantes, entre eles dois advogados que frequentemente voavam pelo aeroporto. Eles pretendem pedir que cada passageiro afetado pelo esquema seja indenizado em 1 bilhão de rúpias indonésias (aproximadamente R$ 370 mil).

Os suspeitos são acusados de violar as leis de saúde e segurança da Indonésia ao reciclar semanalmente entre 100 e 150 swabs, que seriam lavados, reempacotados e entregues como novos ao aeroporto.

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A suspeita do crime surgiu após passageiros reclamarem que haviam recebido resultados de teste falsos positivos. A polícia, então, enviou um agente disfarçado para se passar por passageiro, que foi testado e recebeu um resultado positivo. Imediatamente, outros policiais invadiram o local do teste, onde encontraram um kit usado que havia sido reciclado.

Segundo a mídia local, as autoridades compilaram relatos de 23 testemunhas. A polícia acredita que o lucro do golpe — estimado em cerca de 1,8 bilhão de rúpias (o equivalente a R$ 665 mil) — tenha sido usado para financiar a construção de uma casa luxuosa dos suspeito que liderava o esquema.

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Pandemia na Indonésia

Em abril, o país parou de emitir vistos para estrangeiros que estiveram na Índia nos 14 dias anteriores, proibiu viagens domésticas no final do Ramadã neste mês e introduziu restrições mais severas para outras datas.

Ainda assim, no início desta semana, as autoridades disseram ter identificado dois casos da nova variante da covid-19 vista pela primeira vez na Índia. A Indonésia testemunhou um dos piores surtos da doença na Ásia e, desde o início da pandemia, registrou cerca de 1,7 milhão de casos positivos e mais de 46 mil mortes.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Fábio Fleury

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