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Talibã ameaça intérpretes afegãos que ajudaram holandeses no país

Regime que governa o Afeganistão teria enviado cartas aos cidadãos que ajudaram europeus com traduções nos últimos anos

Internacional|Lucas Ferreira, do R7, com informações da AFP

Mais de 100 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão por forças ocidentais
Mais de 100 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão por forças ocidentais

A rede de televisão holandesa Nos divulgou nesta sexta-feira (1º) que intérpretes afegãos que trabalharam para a Holanda no Afeganistão receberam cartas dos talibãs exigindo que compareçam a um tribunal. Os tradutores também teriam recebido ameaças de represálias as suas famílias.

Os intérpretes foram comunicados no documento que se não forem ao tribunal, suas famílias poderão ser acusadas como responsáveis dos delitos de seus supostos crimes. Ainda de acordo com a carta publicada pela emissora holandesa, os familiares dos tradutores seriam castigados duramente para dar “uma lição ao restante dos traidores”.

O afegão que denunciou a carta talibã disse que trabalhou para uma missão da Europol (Polícia Europeia) e teria recebido “dinheiro desonroso e proibido”, na visão do novo governo do Afeganistão.

“Nos vingaremos. Se não pudermos te pegar, acertaremos este assunto com seus familiares”, advertem os talibãs em outra carta, na qual acusam o intérprete de ser responsável pela morte de combatentes do grupo.


De acordo com a Nos, tudo indica que estas cartas, que levam um selo oficial, foram enviadas pelos talibãs, a quem a emissora reconheceu ser muito difícil verificar a informação.

Jornalistas holandeses entraram em contato com antigos intérpretes afegãos, que disseram que a situação para eles no Afeganistão é cada vez mais dramática.


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Em junho, os talibãs pediram que os intérpretes afegãos de forças estrangeiras se “arrependessem”, mas que continuassem vivendo no Afeganistão após a partida das tropas ocidentais.

Nas últimas semanas, o novo governo do Afeganistão afirmou que ninguém correria perigo. Entretanto, a ONU advertiu que afegãos que trabalharam para estrangeiros estavam em perigo no país.

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