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Talibã e Estados Unidos preparam assinatura de tratado de paz

A assinatura do acordo tem sido discutido há um ano e abrirá caminho para subsequentes negociações de paz

Internacional|Da EFE

Supostos militantes acusados de planejar ataques ao governo do Afeganistão
Supostos militantes acusados de planejar ataques ao governo do Afeganistão

Na nova rodada de negociações entre os Estados Unidos e o Talibã afegão, iniciada nesta sexta-feira (17) no Catar, as equipes de ambos os lados discutiram os preparativos para a assinatura do acordo de paz, segundo informações divulgadas pelos insurgentes. A negociações ocorrem após um intervalo de pouco mais de um mês.

"A equipe de negociação do Emirado Islâmico (é assim que os talibãs se autodenominam), liderada pelo mulá Baradar Akhund, realizou uma reunião com a equipe americana, liderada por Zalmay Khalilzad, (e) discutiu os (preparativos ) da assinatura do acordo e de sua cerimônia", disse o porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid à Agência Efe.

Os dois lados fizeram uma pausa nas negociações no dia 12 de dezembro, após seis dias para consultar as partes sobre as conversações.

Mujadid descreveu as conversas realizadas nesta nova rodada como "produtivas" e disse que elas continuarão por vários dias, sem especificar mais detalhes.


Eles também receberam a mesma descrição por outro membro da assessoria de imprensa do Talibã, Emran Khalil, que em sua conta no Twitter confirmou que abordaram "a assinatura do acordo e o mecanismo de retirada de tropas estrangeiras" e acrescentou que não houve mudanças no projeto de acordo que foi concluído em setembro.

"Espero que a data da assinatura do acordo seja revelada em breve", afirmou.


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No entanto, nenhum dos porta-vozes mencionou o cessar-fogo ou a redução da violência que os EUA solicitaram aos insurgentes na rodada de negociações anterior, como um passo para a assinatura do acordo.

O grupo insurgente, no final do mês passado, já alertado que "não tinha intenção" de declarar um cessar-fogo no Afeganistão, embora tenha observasse que nas discussões com os americanos, discutiram uma possível "redução na escala e intensidade da violência".


A declaração de um cessar-fogo ou, pelo menos, a redução da violência no Talibã também é a principal exigência do Afeganistão, que foi excluído das negociações, já que os talibãs consideram o governo de Ashraf Ghani um fantoche dos Estados Unidos.

Portanto, a assinatura do acordo de paz que os talibãs e os americanos estão negociando há um ano em Doha, depois de nove rodadas de contatos e uma interrupção abrupta em setembro ordenada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, abrirá o caminho para subsequentes negociações de paz.

O projeto de acordo, que o Talibã espera selar sem alterações, prevê a retirada do Afeganistão de mais de 5 mil soldados americanos de cinco bases, nos primeiros 135 dias após a assinatura do pacto.

Os talibãs estão em guerra com o governo afegão e os EUA há quase duas décadas.

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