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Talibãs anunciam nova equipe para negociar paz com os EUA

Grupo conta com quatro ex-detentos do presídio de Guantánamo e outros nove integrantes que participaram de negociações nos países do Golfo

Internacional|Da EFE

Países discutem tratado de paz em guerra do Afeganistão
Países discutem tratado de paz em guerra do Afeganistão

Os talibãs anunciaram nesta terça-feira (12) a formação de uma nova equipe negociadora de 14 pessoas para representar o movimento insurgente nas conversas de paz com os Estados Unidos, na qual há cinco membros novos - entre eles quatro ex-presos de Guantánamo - e outros nove que já participaram das últimas rodadas de diálogo nos países do Golfo.

"Devido à importância do assunto e sob as instruções do emir talibã, mulá Haibatullah", a nova equipe foi nomeada pelo seu número dois político e chefe do escritório dos insurgentes em Doha, o mulá Baradar", explicou em comunicado o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid.

O grupo continua liderado por Muhammad Abbas Stanekzai, ex-chefe do escritório do Catar, enquanto entre as caras novas estão quatro ex-detentos da prisão americana de Guantánamo (Cuba).

O outra nova contratação da equipe negociadora, que passou de dez para 14 membros, é Anas Haqqani, filho preso do fundador da facção talibã conhecida como Rede Haqqani, Jalaludin Haqqani, falecido no ano passado.


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O comunicado não dá mais detalhes sobre Anas, o que deixa dúvidas sobre se tinha sido libertado, mas o porta-voz talibã esclareceu que, apesar de ter sido "nomeado membro da equipe negociadora, continua na prisão e não foi libertado".

"Como era um estudante (antes de ser preso) e não realizou nenhum tipo de atividade que pudesse ter provocado seu encarceramento, deveria ser liberado para iniciar seu novo papel como membro da equipe negociadora", ressaltou Mujahid.


A principal agência de inteligência afegã, o Diretório Nacional de Segurança (NDS), por sua vez, ressaltou através de um comunicado que "Anas Haqqani se encontra ainda na prisão e não há nenhuma decisão sobre sua libertação".

"O governo afegão está comprometido com a implementação da lei e a decisão sobre os que cometeram crimes será tomada de acordo com a lei. Os afegãos devem ter certeza de que a justiça será feita", afirmou o serviço secreto.

Nos últimos meses, talibãs e representantes dos EUA mantiveram contatos nos Emirados Árabes Unidos e no Catar, mas os insurgentes se negaram a se sentar à mesa com o governo afegão e querem falar só com Washington.

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