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Talibãs recusam ajuda dos EUA no combate ao Estado Islâmico

Altos funcionários dos dois lados estão reunidos neste domingo (10) em Doha; controle de grupos extremistas está em discussão

Internacional|Da Agência Brasil


EI assumiu atentado a mesquita nesta semana
EI assumiu atentado a mesquita nesta semana

Os talibãs recusaram qualquer cooperação com os Estados Unidos para conter o EI (Estado Islâmico)no Afeganistão, demonstrando uma posição intransigente sobre uma questão central antes das primeiras conversações desde que os norte-americanos saíram do país, em agosto.

Altos funcionários do Talibã e representantes dos Estados Unidos estão reunidos neste domingo (10) em Doha, capital do Qatar, e ambos os lados afirmaram que as questões em discussão incluem o controle dos grupos extremistas e a retirada de cidadãos afegãos e estrangeiros do Afeganistão, com os talibãs garantindo que haveria flexibilidade nesse processo.

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No entanto, o porta-voz político dos talibãs, Suhail Shaheen, informou que não haveria nenhuma colaboração com os Estados Unidos para conter o grupo extremista Estado Islâmico, que cada vez mais está ativo no país e tem assumido a autoria de atentados recentes, um dos quais a uma mesquita na sexta-feira (8), na cidade de Kunduz, no norte do país, em que morreram 46 muçulmanos xiitas.

"Somos capazes de enfrentar o Daesh sozinhos", disse Shaheen, quando questionado se os talibãs trabalhariam em conjunto com os Estados Unidos para conter os membros do Estado Islâmico.

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O Estado Islâmico tem sido responsável por vários ataques contra os muçulmanos xiitas do país desde o seu aparecimento, no leste do Afeganistão, em 2014. São também vistos como a maior ameaça aos Estados Unidos por sua capacidade de atacar alvos norte-americanos.

Reunião em Doha

As reuniões em Doha são as primeiras entre forças talibãs e norte-americanas desde que os norte-americanos abandonaram o Afeganistão, em agosto, apesar de os Estados Unidos terem afirmado que não são um primeiro passo para o reconhecimento do novo governo.

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As conversações surgem também depois de dois dias de difíceis discussões entre as autoridades paquistanesas e a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, em Islamabad, sobre o Afeganistão.

O Paquistão apelou aos Estados Unidos para que façam um esforço de aproximação aos novos governantes do Afeganistão e pediu que liberem milhões de dólares em fundos internacionais para evitar o colapso econômico do país.

No decorrer das conversações em Doha, os EUA vão também tentar fazer com que os talibãs cumpram o compromisso de autorizar que cidadãos norte-americanos e outros estrangeiros deixem o Afeganistão, além de afegãos que trabalharam com as forças norte-americanas ou outros aliados afegãos, segundo um oficial norte-americano.

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