Resumindo a Notícia
- Nas Filipinas, a capital, Manila, e cidades vizinhas sofreram com as inundações
- Os socorristas tiveram que nadar em águas de 3 metros de altura para resgatar 60 pessoas
- Cientistas alertam que as chuvas ficaram mais fortes com o aumento do aquecimento global
- O país sofre uma média de 20 grandes tempestades por ano
Pessoas caminham por rua inundada nas Filipinas após passagem da tempestade tropical Nalgae
Jam Sta Rosa/AFP - 30.10.2022Equipes de resgate ajudam neste domingo (30) os habitantes de Manila, a capital das Filipinas, presos nas inundações causadas pela tempestade tropical Nalgae, que se afasta do país depois de ter deixado pelo menos 48 mortos no arquipélago.
A tempestade atingiu a ilha principal de Luzon na noite do último sábado (29), varrendo tudo em seu caminho e causando quedas de energia. Manila e cidades vizinhas sofreram com as inundações.
Em Paranaque, um subúrbio da capital, os socorristas tiveram que nadar em águas de 3 metros de altura durante a noite para alcançar 60 pessoas, incluindo crianças, presas no último andar de um prédio, disse uma autoridade local.
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"Eles gritavam e choravam de pânico porque não conseguiam sair", disse Noel Japlos, representante da região, à AFP. Várias pessoas ficaram presas pelas águas da enchente a caminho de uma festa.
Na cidade vizinha de Kawit, um corpo em um caixão branco flutuava em uma rua inundada, observou um fotógrafo da AFP. O caixão, que estava em um cemitério próximo, provavelmente foi levado pela chuva, segundo moradores.
"É tão difícil! Não podemos nos mover por causa das inundações", disse um dos moradores, Andinor Cairme, à AFP.
A maioria das vítimas morreu devido aos deslizamentos de terra e às inundações na última sexta-feira (28), em Mindanao, depois que fortes chuvas anunciaram a chegada da Nalgae.
A tempestade recuou para o mar da China Meridional neste domingo, anunciaram os serviços meteorológicos filipinos. De acordo com a proteção civil, 22 pessoas estão desaparecidas.
As Filipinas sofrem uma média de 20 grandes tempestades por ano, que deixam centenas de mortos e mantêm grandes regiões em pobreza perpétua.
Os cientistas alertam para a maior força dessas tempestades com o aumento do aquecimento global.