Terrorista de NY diz ter agido em nome de grupo jihadista islâmico
Cinco das 8 vítimas eram de grupo de amigos da Argentina
Internacional|Ansa
O terrorista que realizou um atropelamento em uma ciclovia de Nova York na tarde desta terça-feira (31), matando ao menos oito pessoas, deixou um bilhete em que informa que agiu "em nome do Isis", como o grupo extremista Daesh (denominado também como Estado Islâmico) é conhecido.
O jornal New York Post informou ainda que há inscrições em árabe no caminhão usado pelo autor do ataque que indicam uma ligação com o grupo. No entanto, a polícia sustenta que o homem agiu sozinho e que está investigando qualquer ligação externa do suspeito.
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O homem, que passou por uma cirurgia após ser atingido por um tiro da polícia no estômago, deve dar seu depoimento em breve.
Apesar das autoridades não terem confirmado a identidade dele, a mídia norte-americana diz que trata-se do uzbeque Sayfullo Habibullaevic Saipov, 29 anos, que morava legalmente em Tampa, na Flórida, desde 2010. Até mesmo uma foto do suspeito já está sendo veiculada na imprensa.
A CBS News entrevistou vizinhos de Saipov e confirmou com um deles que o homem era "calmo" e atuava como motorista do aplicativo de transporte Uber há anos.
Vítimas
O governo argentino confirmou que cinco das oito vítimas fatais do atentado eram cidadãos do país que passavam férias em Nova York. O grupo, que ao todo contava com 10 pessoas, estava nos Estados Unidos para comemorar os 30 anos de sua formação universitária em Rosário.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os nomes das vítimas são Hernán Diego Mendoza, Diego Enrique Angelini, Alejandro Damián Pagnucco, Ariel Erlij e Hernán Ferruchi. Outro membro do grupo, Martin Ludovico Marro, é um dos feridos que está sendo atendido em um hospital da região. Todos tem entre 48 e 49 anos.
Uma outra vítima tinha nacionalidade belga, segundo confirmou a Chancelaria do país europeu. O ministro Matthieu Branderssay informou que há três cidadãos ainda hospitalizados.
Outros dois mortos ainda não foram identificados oficialmente.
Dinâmica do ataque
Por volta das 15h (hora local), um caminhão branco — que havia sido alugado e que tinha um adesivo de uma empresa local — invadiu a ciclovia que fica na West Street e atropelou uma série de pessoas.
O veículo só parou quando colidiu com um ônibus escolar, ferindo duas crianças e dois adultos. Ao sair do carro, o homem portava duas armas falsas - sendo uma delas de paintball - e gritou em árabe "Alá é Grande".
Ele foi atingido por tiros de agentes e levado para o hospital.
Agora, a polícia — que já classificou a ação como "um ato de terror" — investiga as ligações do suspeito.
O governo do Uzbequistão já ofereceu ajuda aos EUA para a investigação.