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‘Tínhamos esperança de sermos livres, hoje, é uma certeza’, diz líder da oposição na Venezuela

Pesquisas mostram ampla vantagem do candidato apoiado por María Corina Machado, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia

Internacional|Do R7

María Corina foi impedida de disputar a presidência Reprodução/Facebook

A líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela, María Corina Machado, votou na tarde deste domingo (28) no bairro de Los Chorros, em Caracas. Em uma entrevista coletiva, mostrou-se otimista com a campanha feita pelo candidato apoiado por seu grupo, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia.

“Hoje a Venezuela está unida. Tivemos durante muitos anos a esperança de que íamos ser livres, hoje, é uma certeza. Vamos ser livres, vamos trazer nossos filhos de volta para casa, vamos unir este país e teremos logrado a jornada cívica e libertária mais importante na história deste país.”

Ex-deputada, María Corina foi impedida pela Justiça de concorrer e está inelegível até 2030 — ela tenta reverter a decisão. A candidata indicada por ela, Corina Yoris, não pôde se registrar no sistema do Poder Eleitoral do país. O motivo até hoje não ficou claro. Com isso, o nome que uniu a oposição foi o de Urrutia.

Os locais de votação na Venezuela abriram às 8h (9h, no horário de Brasília) e fecham às 18h (19h, em Brasília). Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), 21 milhões de pessoas estão aptas a ir às urnas hoje, em um país onde o voto não é obrigatório.


Filas começaram a se formar durante a madrugada em muitos centros de votação por todo o país, locais que permaneceram cheios ao longo da manhã.

“Em todos os estados, as pessoas começaram a sair ontem à noite, isso nunca tinha sido visto na história da Venezuela […] Os centros estão cheios de gente. Passei esta manhã por todos os centros do país. O que estamos vendo é uma participação tremenda, e sinto muito orgulho de ser venezuelana”, acrescentou María Corina, ao dizer que “do jeito que as coisas estão, acho que vamos ter resultados irreversíveis muito em breve“.


Esta é a eleição mais desafiadora para o regime de Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013 e tenta o terceiro mandato. A ditadura chavista no país, entretanto, dura 25 anos.

Pesquisas realizadas nos últimos dias mostravam uma ampla vantagem de Urrutia. Na sondagem da ClearPath Strategies, o candidato da oposição aparecia com 59% das intenções de voto, enquanto Maduro tinha 33%. Estes números foram sempre rechaçados pelo presidente venezuelano, que apresentou pesquisas com resultados contrários.

Dois em cada três eleitores venezuelanos afirmaram na pesquisa da ClearPath Strategies que desejavam que o país tomasse uma nova direção, enquanto o restante manifestou o interesse em manter o rumo definido por Maduro.

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