Resumindo a Notícia
- ONU pediu ajuda internacional para o cuidado de refugiados venezuelanos nas Américas
- Três em cada quatro venezuelanos refugiados ou migrantes não possuem serviços básicos
- Mais de 5,9 milhões de venezuelanos moram nos países da América Latina ou Caribe
- Mais de 100 mil venezuelanos caminharam em direção ao norte das Américas em 2022
Mais de 5,5 milhões de venezuelanos se refugiaram em países da América Latina e Caribe
REUTERS/Ueslei Marcelino/3.5.2018O representante da ONU para refugiados e imigrantes da Venezuela, Eduardo Stein, pediu na última quarta-feira (12) o “apoio urgente” da comunidade internacional para ajudar os países latino-americanos e caribenhos que enfrentam o “maior movimento forçado de pessoas da história do subcontinente”, durante uma visita ao Panamá.
O chamado foi feito em um momento de explosão no fluxo de migrantes venezuelanos para os Estados Unidos pela perigosa selva de Darién, fronteira entre Colômbia e Panamá.
“Enquanto o mundo enfrenta inúmeras crises humanitárias, os venezuelanos e suas comunidades anfitriãs não devem ser esquecidos”, disse Stein durante a apresentação de um estudo que alertou para a situação precária sofrida pelos migrantes da Venezuela.
"Os países receptores têm demonstrado liderança contínua na resposta à crise, estabelecendo medidas e iniciativas de regularização e facilitando o acesso à saúde, educação e outros serviços sociais. No entanto, suas capacidades estão no limite e exigem apoio internacional urgente", apontou.
Apesar dos esforços, dos 5,9 milhões de refugiados e imigrantes venezuelanos acolhidos em 17 países da América Latina e do Caribe, 4,3 milhões — três em cada quatro pessoas — enfrentam dificuldades de acesso a alimentação, moradia, saúde e emprego estável, destacou o estudo.
O relatório foi apresentado pela Plataforma de Coordenação Interagências para Refugiados e Migrantes (R4V), composta por mais de 200 organizações, incluindo a Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e a OIM (Organização Internacional para as Migrações).
De 2.800 casos no ano passado, o número de venezuelanos que transitaram por Darién disparou para mais de 114 mil em 2022.