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Tribunal da ONU nega liberdade de mentor do genocídio em Ruanda

Coronel Théoneste Bagosora foi um dos principais responsáveis pelo massacre de 1994 que matou 800 mil pessoas

Internacional|Da AFP

Em 2008, Bagosora foi condenado à prisão perpétua
Em 2008, Bagosora foi condenado à prisão perpétua

Um tribunal da ONU rejeitou a libertação antecipada do coronel Théoneste Bagosora, uma das principais autoridades ruandesas condenadas pela justiça internacional pelo genocídio de tutsis em 1994, segundo a decisão consultada pela AFP nesta segunda-feira (5).

Coronel Théoneste Bagosora, 79 anos, foi um dos principais responsáveis pelo genocídio que matou 800 mil pessoas, a maioria pertencente à minoria tutsi.

Bagosora, de 79 anos, era, em 1994, diretor de gabinete do Ministério da Defesa. Em seu julgamento, foi apresentado pela Promotoria como o "mentor" do genocídio que matou 800 mil pessoas, a maioria pertencente à minoria tutsi.

Em 2008, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda o condenou à prisão perpétua por genocídio, crimes contra a humanidade e de guerra, uma sentença que a câmara de apelação reduziu para 35 anos de prisão em 2011.


Bagosora, que está em uma prisão no Mali, solicitou em março de 2019 liberdade antecipada, uma medida que já foi concedida a vários genocidas ruandeses que cumpriram dois terços de suas sentenças.

O presidente do Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais, Carmel Agius, rejeitou o pedido, sublinhando "a extrema gravidade" de seus crimes e considerando que "não demonstrou suficientemente sua reintegração", de acordo com a decisão.

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