Tropas da Síria e Rússia entram em Kobane, na fronteira com a Turquia
Tropas do presidente Bashar al-Assad, apoiadas por militares russos, entraram na cidade, considerada estratégica na campanha da Turquia
Internacional|Da EFE
As tropas da Síria e da Rússia entraram nesta quarta-feira (16) na cidade de Kobane, na fronteira com a Turquia, que é considerada estratégica, após um acordo militar ser firmado com os curdos e a retirada de efetivo dos Estados Unidos.
A informação foi confirmada à Agência Efe por Kino Gabriel, porta-voz das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por curdos. A emissora pública de televisão do país asiático também veiculou a mesma notícia.
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Um fonte ligada ao Exército sírio explicou que unidades da corporação, acompanhadas por homens da polícia militar da Rùssia, entraram na cidade logo depois que as tropas americanas deixaram as bases que ocupavam e as destruíram.
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O Observatório Sírio de Direitos Humanos divulgou que homens uniformizados entraram em Kobane após três dias de espera, enquanto acontecia a retirada dos militares dos Estados Unidos.
A cidade foi a primeira no norte da Síria que ficou nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), em 2014. O grupo foi derrotado após violenta ofensiva, em janeiro de 2015, por curdos e a coalizão internacional liderada pelos EUA.
O coronel americano Myles B. Caggins III, porta-voz da aliança internacional, escreveu no Twitter que as unidades americanos se retiraram da base de Lafarge, entre Kobane e Ain Issa, assim como das bases de Tabqa e Ao Raqqa. Ontem já tinham anunciado a saída da cidade de Manbij.
No último domingo, os curdos garantiram que havia um acordo militar com o governo da Síria, para que o exército do país ocupasse a fronteira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a retirada dos militares da região.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que ordenou uma ofensiva militar no norte sírio, garantiu hoje não haver qualquer interesse do país em atacar Kobane, cidade, no entanto, que está na zona de segurança que ele pretende estabelecer no território do país vizinho.