Trump admite que Rússia pode ter interferido nas eleições norte-americanas
"Ninguém sabe ao certo. Acho que muitas pessoas interferiram", afirmou presidente americano
Internacional|Agência Brasil
O presidente Donald Trump disse hoje (6), durante uma entrevista coletiva, que a Rússia pode ter interferido nas eleições norte-americanas que o elegeram. Direto de Varsóvia, na Polônia, Trump foi evasivo ao afirmar que é possível ter havido uma interferência da Rússia, mas também de outros países.
— Ninguém sabe ao certo [...]. Eu penso que a Rússia pode ter interferido, e acho que muitas pessoas intereferiram.
Trump está na Polônia para uma agenda bilateral com o presidente polônes, Andrzej Duda e teve um encontro com líderes do país e também da Croácia. Hoje ele vai para Hamburgo, na Alemanha onde deve se encontrar com a primeira ministra alemã, Angela Merkel e participar também da reunião da Cúpula do G20.
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Está previsto ainda um encontro entre ele e o presidente russo, Vladmir Putin. Após as declarações do presidente dos EUA na coletiva, o Kremlin afirmou à imprensa internacional em Moscou que "não concorda com as afirmações de Trump". O presidente americano também apontou que estaria trabalhando com aliados para "combater as ações da Rússia e seu comportamento desestabilizador."
O FBI investiga a interferência de hackers da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. O próprio Donald Trump é acusado pelo ex-diretor da instituição, James Comey, de obstrução de Justiça. Segundo Comey, ele teria sido demitido por Trump, ao recusar abandonar as investigações sobre a interferência russa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à agência Reuters que o país reprova as declarações de Trump.
— Nós não concordamos com essa abordagem.
Peskov também explicou que o governo russo espera o primeiro encontro entre os dois presidentes justamente para resolver o que chamou de "falta de entendimento entre a Rússia e os Estados Unidos sobre expectativas para as suas futuras relações".
Na coletiva, Trump também voltou a criticar a rede CNN ao dizer que a empresa americana se dedica a veicular notícias falsas. Ele afirmou ainda que CNN "levou muito a sério" a postagem satírica na página oficial do presidente americano no Twitter. A publicação, feita na segunda-feira (3), inclui um vídeo-montagem no qual o magnata aparece derrubando e espancando uma pessoa com a logomarca da CNN no rosto.
— Eles [CNN] têm veiculado notícias falsas por um longo tempo e coberto meu mandato de forma desonesta.
Com relação à Coreia do Norte, Trump afirmou que está pensando em reagir de forma muito "séria" para responder às ameaças nucleares de Pyongyang.
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