Trump ameaça paralisação do governo por causa de imigração
No Twitter, presidente dos EUA diz que pode parar governo se democratas não aprovarem financiamento para muro na fronteira com o México
Internacional|Fábio Fleury, do R7, com Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse neste domingo (29) que está disposto a paralisar as atividades do governo federal caso os democratas não aprovem o financiamento do muro na fronteira com o México e não apoiem mudanças na lei de imigração.
Trump parece apostar que manter uma linha dura funcionará a favor dos republicanos nas eleições parlamentares de novembro.
Entretanto, uma ruptura nas operações do governo federal poderia se voltar contra Trump se os eleitores culparem os republicanos, que controlam o Congresso, pela interrupção dos serviços.
"Eu estaria disposto a 'paralisar' o governo se os democratas não nos derem votos para a segurança da fronteira, que inclui o Muro! Devem se livrar da loteria (da imigração), do pega e liberta, etc. e finalmente ir para um sistema de Imigração baseado no mérito! Nós precisamos de grandes pessoas vindo ao nosso país!", disse Trump no Twitter.
Os americanos estão divididos sobre a imigração, e 81% dos republicanos aprovaram a forma como Trump lida com a questão, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada este mês.
O presidente republicano ameaçou uma paralisação várias vezes desde que assumiu o cargo em 2017, em uma tentativa de priorizar imigração nas contas de gastos do Congresso, especialmente o financiamento para um muro ao longo da fronteira sul dos EUA. Trump pediu 25 bilhões de dólares para construir o muro, uma de suas promessas de campanha.
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"Não acho que seria útil, então vamos tentar evitá-lo", disse o senador republicano Ron Johnson, presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado, em "Face the Nation", da CBS.
O Congresso deve concordar com uma medida de gastos para financiar o governo até o prazo de 30 de setembro.
Embora os republicanos controlem tanto o Senado americano quanto a Câmara dos Deputados, as divergências entre moderados e conservadores do partido impediram uma rápida correção legislativa.
Os impasses sobre os níveis de gastos e a imigração levaram a uma paralisação de três dias do governo, em janeiro, e a uma paralisação de horas em fevereiro.