Trump cancela encontro com Putin por crise na Ucrânia
Os dois presidentes estarão em Buenos Aires para a cúpula do G20. Kremlin havia confirmado reunião, mas norte-americano desmarcou pelo Twitter
Internacional|Cristina Charão, do R7, com Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, usou o Twitter para cancelar o encontro bilateral com seu colega russo Vladimir Putin, marcado para ocorrer durante a cúpula do G20, que começa amanhã em Buenos Aires.
A reunião entre Trump e Putin havia sido confirmada pelo Kremlin. Pouco depois, Trump usou a rede social para dizer que "baseado no fato de que navios e marinheiros não foram devolvidos à Ucrânia pela Rússia", ele decidiu que "seria melhor para todas as partes envolvidas cancelar o encontro previamente agendado para a Argentina com o presidente Vladimir Putin".
O presidente norte-americano ainda afirmou que "está ansioso para uma nova cúpula" entre os dois países "assim que esta situação esteja resolvida".
Relatório sobre Ucrânia
Mais cedo, ao deixar Washington para viagem a Buenos Aires, o presidente norte-americano havia declarado a repórteres que "provavelmente" iria se encontrar com o presidente Putin.
Ele disse que obteria um relatório final durante o voo sobre a tensão na região depois que a Rússia tomou navios ucranianos perto da Crimeia no domingo.
"Estou recebendo um relatório completo sobre o que aconteceu e isso vai determinar o que vou fazer", afirmou ele.
As relações entre Washington e Moscou tornaram-se as mais tensas desde o fim da Guerra Fria durante o governo do presidente Barack Obama, que impôs sanções devido à anexação russa da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, em 2014.
Agências de inteligência dos EUA acusaram a Rússia de interferir na eleição de 2016, uma alegação que Moscou nega repetidamente. Um procurador especial dos EUA está investigando se a campanha de Trump conspirou com Moscou, algo que a campanha nega.
Encontro com príncipe saudita
Trump disse na quinta-feira (29) que estaria disposto a se encontrar com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman na Argentina, mas não havia tempo em sua agenda.
O presidente dos EUA está sob pressão do Congresso para punir o príncipe herdeiro por seu suposto envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.