Eleições EUA 2020

Internacional Trump e Biden mantêm diferenças mínimas em Estados decisivos

Trump e Biden mantêm diferenças mínimas em Estados decisivos

As atenções dos Estados Unidos estão voltadas para a contagem de votos em Nevada, Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia

  • Internacional | Da EFE

Diferenças de votos entre Donald Trump e Joe Biden continuam sendo mínimas

Diferenças de votos entre Donald Trump e Joe Biden continuam sendo mínimas

Shannon Stapleton/ Reuters - 04.11.20

As diferenças de votos entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu rival democrata, Joe Biden, continuam sendo mínimas em alguns dos principais Estados que ainda precisam ser decididos e que podem pender a balança para um lado ou para o outro nas eleições americanas.

As atenções estão voltadas para a contagem de votos em Nevada, Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, enquanto no Arizona, Estado em que projeções de alguns da grande mídia deram a vitória a Biden, as distâncias entre os dois encurtaram.

Muitos desses votos pendentes de apuração correspondem a votação por correio, que, devido à pandemia do coronavírus, foi uma opção a que 65 milhões de pessoas recorreram para evitar as filas de filas nas seções eleitorais.

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Biden agora tem 264 delegados no Colégio Eleitoral e está a um passo de alcançar os 270 delegados que lhe dariam as chaves da Casa Branca, em comparação com os 214 que Trump acumula.

O outro Estado em que o resultado ainda não saiu é o Alasca, que tem 3 votos eleitorais e onde a contagem é muito lenta (apenas 56%), mas onde a vitória de Trump é dada como certa, com 62,9% dos votos.

No Arizona, a diferença a favor de Biden agora é de pouco menos de 70 mil votos, mas a vantagem recuou à medida que a contagem avançou. Trump continua defendendo que ganhou neste Estado que concede 11 votos eleitorais.

Outro Estado em que as diferenças diminuíram é a Geórgia, um lugar importante por representar 16 votos eleitorais e onde a vantagem de Trump sobre Biden, com 95% dos votos apurados, é de apenas 23 mil votos. Para comparar, 24h atrás, a vantagem de Trump era de cerca de 100 mil votos.

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Na Pensilvânia, que com 89% da votação concluída e 20 votos eleitorais em jogo, a liderança de Trump é de 164 mil votos, mas a contagem de votos pendentes pelo correio deverá favorecer o candidato democrata.

O presidente foi vitorioso neste Estado em 2016 por uma diferença de apenas 40 mil votos sobre seu oponente democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

Na Carolina do Norte, com 15 delegados em jogo, Trump lidera seu rival por cerca de 77 mil votos (50,1% contra 48,7%), quando a contagem já foi concluída em 95%, mas a diferença ainda é muito estreita para lhe dar um vencedor.

Neste Estado, os votos por correspondência, cujos carimbos indiquem que foram depositados antecipadamente, podem ser contabilizados até ao dia 12, devido aos atrasos que os correios têm vivido.

Finalmente, em Nevada, a contagem se inclina para Biden por uma diferença de apenas cerca de 8.000 votos.

Uma vitória neste Estado, caso se confirmem as projeções que deram a vitória do candidato democrata no Arizona, poderia ser o suficiente para lhe dar a presidência, já que com seus seis votos eleitorais alcançaria o número mágico de 270 delegados.

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No entanto, Trump iniciou seu mecanismo legal e, além de ter pedido a recontagem dos votos em Wisconsin, um Estado que rendeu a Biden 10 votos eleitorais, segundo projeções da mídia, seus advogados entraram com ações judiciais em Michigan e a Pensilvânia para interromper o escrutínio.

O pedido de recontagem em Wisconsin se deve ao fato de que a vantagem de Biden de 20 mil votos é de apenas seis décimos de ponto percentual.

Já o pedido de suspensão da contagem em Michigan e Pensilvânia foi devido, segundo a equipe de Trump, ao fato de seus observadores não terem tido acesso devido ao local onde a contagem está sendo realizada.

Na Pensilvânia, além disso, a campanha do presidente entrou em uma ação que pede que a Suprema Corte interrompa a contagem de certos votos e entrou com outra ação para limitar o tempo concedido àqueles que votam pela primeira vez para confirmar que têm o identificação necessária.

Enquanto isso, um movimento chamado "Cada voto conta" tem ganhado força nas ruas, com o objetivo de pressionar para que todas as cédulas enviadas pelo correio sejam levadas em consideração, dadas as tentativas de Trump de desafiar aqueles que chegaram após o dia da eleição, embora tenham sido emitidos a tempo.

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