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Trump e Kim dão as mãos em Cingapura em encontro inédito

Apesar das expectativas, a agenda do encontro de Trump e Kim, que ocorre em local isolado na paradisíaca ilha de Sentosa, não é pública

Internacional|Eugenio Goussinsky e Fábio Fleury, do R7

O aperto de mão histórico de Kim Jong-un e Donald Trump
O aperto de mão histórico de Kim Jong-un e Donald Trump

Donald Trump e Kim Jong-un apertaram as mãos em Cingapura às 9h04 desta terça-feira (12), no horário local (22h04 desta segunda-feira, horário de Brasília), em um encontro inédito. Até pouco tempo atrás inimaginável, a reunião foi preparada com a premissa básica de definir o fim do programa de armas nucleares e balísticas da Coreia do Norte.

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Apesar das expectativas, a agenda do encontro de Trump e Kim, que ocorre em local isolado na paradisíaca ilha de Sentosa, não é pública. Dado o perfil dos dois, a imprevisível conversa deverá se estender para temas como o fim das sanções à Coreia do Norte, direitos humanos e até mesmo o tão esperado acordo de paz entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos na região. Os dois países asiáticos estão formalmente em guerra desde 1953.


Primeira conversa

Logo após o aperto de mão, com a ajuda de tradutores, os dois líderes se cumprimentaram oficialmente. Trump disse a Kim: "É uma honra para mim. Vamos ter uma relação incrível, não tenho dúvida".


Em seguida, o norte-coreano respondeu: "Os antigos preconceitos funcionaram como obstáculos no nosso caminho, mas ultrapassamos todos eles e estamos aqui hoje".

Sem agenda


Nem mesmo a duração deste encontro inicial foi divulgada. Eles entraram em uma sala para uma reunião particular, só com tradutores. Só se sabe que, após esta conversa, delegações de ambos os países também iniciarão uma reunião. A preparação para a cerimônia se encerrou pouco antes do aperto de mãos. Autoridades de ambos os países negociaram intensamente alguns detalhes que ainda travavam um entendimento.

A posição do presidente Donald Trump que, assim como Kin jong-un, chegou a Cingapura com um dia de antecedência, é otimista, segundo algumas de suas declarações de véspera. Numa delas, fez a seguinte previsão:

"Teremos uma reunião bastante interessante, acho que as coisas se desenrolarão muito bem".

Sem protocolos

Sempre avesso a protocolos, Trump organizou a visita de uma maneira nunca antes vista na diplomacia internacional, com pouquíssima preparação prévia e dispensando até relatórios, como nenhum outro presidente norte-americano fez antes. No lugar disso, ele priorizou o encontro a sós que terá com Kim, logo no início da cúpula.

"Eu acredito que em um minuto, vou saber se ele está falando sério sobre a desnuclearização. Vou sentir isso, é o que eu faço. Acho que vou saber bem rapidamente se algo bom irá acontecer", disse o norte-americano em uma entrevista coletiva no último sábado, durante o encontro do G-7 em Quebec (Canadá).

Passado de hostilidades

Até o início do ano, ambos os países mantinham uma postura hostil, em função de testes nucleares realizados pela Coreia do Norte, que sempre se mostrou fechada como dinastia familiar, na qual o poder centralizado passa de pai para filho.

Somente o gesto inicial de Kim, aceito por Trump, desfez as rusgas decorrentes de constantes trocas de acusações e ameaças mútuas, que pautavam esse clima de discórdia. O gesto de Kim foi se mostrar disposto a suspender os testes nucleares e a dialogar com a Coreia do Sul.

A disposição se tornou concreta com a suspensão dos testes e com a realização de outro encontro histórico, de Kim com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em 27 de abril último. A conversa foi uma espécie de preparativo para a reunião entre Kim e Trump.

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