Trump elogia Arábia em meio a pressão sobre jornalista morto
Presidente agradeceu Riad por queda no preço do petróleo. CIA acredita que morte de Jamal Khashoggi foi ordenada diretamente por príncipe herdeiro
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a Arábia Saudita por ajudar a reduzir os preços do petróleo nesta quarta-feira (21), à medida que cresce a pressão para que Washington imponha sanções mais rígidas contra o reino após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.
Em publicação no Twitter, Trump agradeceu Riad pela recente queda no preço do petróleo e pediu uma maior redução, que comparou a "um grande corte fiscal" que poderia impulsionar as economias dos Estados Unidos e do mundo.
Trump tem repetidamente criticado os altos preços do petróleo e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) por sua produção, pressionando a Arábia Saudita, importante produtora de petróleo, a agir.
Os preços do petróleo, subiram mais de 1 por cento nesta quarta-feira (20), mas estavam tendendo para baixo há semanas. Os preços sofreram uma queda na terça-feira, após o relato de um declínio inesperado nos estoques de petróleo dos EUA.
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"Os preços do petróleo estão caindo. Ótimo! Como um grande corte fiscal para os Estados Unidos e o mundo. Aproveitem! 54 dólares, estava 82 dólares. Obrigado Arábia Saudita, mas vamos reduzir mais", escreveu Trump.
Na terça-feira (20), Trump se comprometeu a continuar sendo um "parceiro firme" da Arábia Saudita, mesmo após dizer que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pode ter sabido do plano para assassinar Khashoggi no mês passado.
A CIA acredita que a morte de Khashoggi foi ordenada diretamente pelo príncipe herdeiro, governante de fato da Arábia Saudita e amplamente conhecido pelas iniciais MbS, disseram fontes com conhecimento do caso.
Com parlamentares norte-americanos pedindo por sanções mais rígidas contra Riad, Trump disse que não irá cancelar acordos militares com o reino. O presidente disse que essa seria uma medida "tola", que só beneficiaria a Rússia e a China, competidoras dos Estados Unidos no mercado de armas.
Diversos parlamentares, incluindo alguns colegas republicanos de Trump, criticaram duramente seu posicionamento.