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Trump insiste que seu país 'se impôs' na luta contra o coronavírus

No dia em que os EUA passaram das 80 mil mortes e com 3% da população testada, presidente diz que país salvou 'centenas de milhares de vidas'

Internacional|Da EFE

Trump fez coletiva para dizer que EUA têm maior número de testes do mundo
Trump fez coletiva para dizer que EUA têm maior número de testes do mundo

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (11) que seu país "se impôs" na batalha contra o novo coronavírus e que os números de infectados estão baixando, mesmo depois que o total de mortes passou de 80 mil e a de contágios já superou 1,3 milhão de casos de covid-19.

Em uma coletiva de imprensa cujo objetivo era destacar a produção e distribuição de estes de coronavírus nos EUA, Trump assegurou que seu país "salvou centenas de milhares de vidas" na luta contra a doença causada pelo coronavírus.

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"Os Estados Unidos aceitaram essa tarefa, estivemos à altura do momento e nos impusemos", disse o presidente, que disputará a reeleição em novembro.


Comparações com Bush

Essa afirmação suscitou comparações no Twitter com a "missão cumprida" proclamada em maio de 2003 pelo então presidente George W. Bush, referindo-se à invasão norte-americana ao Iraque. A guerra durou vários anos depois disso e os EUA ainda têm bases e tropas no país, 17 anos depois.

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Perguntado depois sobre a declaração, Trump assegurou que se referia à aceleração na produção e distribuição de testes contra o coronavírus. A frase durante a coletiva, no entanto, foi dita em um contexto que não tinha a ver com os exames e sim com os esforços dos EUA para tentar salvar vidas.


A declaração de Trump aconteceu pouco depois que os EUA ultrapassaram a marca de 80 mil mortes causadas pela covid-19, segundo o banco de dados da Universidade Johns Hopkins.

Além disso, o Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, cujas projeções têm sido muito utilizadas pela Casa Branca, calcula que os EUA terão mais de 137 mil mortes até o início de agosto.


Consultado sobre essa projeção, Trump opinou que "muitos desses modelos estão equivocados" e, na mesma coletiva de imprensa, destacou que "os números estão baixando muito em todo o país", a despeito dos dados mostrarem um cenário diferente.

Apesar do aumento diário do número de mortes ter se estabilizado e da Universidade de Washington esperar que esse indicador baixe de agora até agosto, o número de contágios segue crescendo e apenas neste domingo foram registrados 20 mil novos casos nos EUA.

Testes e dúvidas

Trump anunciou também que espera que nesta semana os EUA ultrapassem a marca de 10 milhões de testes feitos e concluiu que seu país é o que fez mais exames de coronavírus até o momento. No entanto, se a estatística for medida por habitante e não em números absolutos, ainda fica atrás de Itália, Alemanha e Canadá, pelo menos.

O presidente insistiu várias vezes que, "se alguém quiser fazer um teste agora, poderá fazê-lo" nos EUA, mesmo que o número de exames realizados até o momento corresponda a 3% da população do país e que só são testadas as pessoas que apresentam sintomas ou as que tiveram contatos com elas, como corroborou o responsável pelos exames no Departamento de Saúde, Brett Giroir.

Trump também fez questão de dizer que não está "nada feliz com a China" e que não está "interessado" em renegociar os termos do acordo comercial parcial que tem com o país, devido aos efeitos econômicos da pandemia.

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