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Trump não perdoará republicanos que apoiarem impeachment

Presidente dos EUA prometeu ser implacável com colegas de partido e atacou senador Mitt Romney no Twitter e o chamou de 'imbecil pomposo'

Internacional|Da EFE

Trump criticou Mitt Romney nas redes sociais
Trump criticou Mitt Romney nas redes sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou neste sábado (5) uma mensagem aos seus correligionários de Partido Republicano: será implacável com aqueles que apoiarem os democratas no processo de impeachment contra ele.

No Twitter, Trump usou o senador Mitt Romney, derrotado pelo ex-presidente Barack Obama nas eleições presidenciais de 2016, como exemplo do que pode fazer com os aliados que decidirem apoiar o movimento dos democratas para tirá-lo do poder.

"Por favor, alguém acorde o Mitt Romney, diga a ele que minha conversa com o presidente ucraniano foi agradável e muito apropriada, e que minha declaração sobre a China se referia à corrupção, não à política", escreveu Trump.

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"Se Mitt tivesse trabalhado duro desse jeito contra Obama teria conseguido ganhar. (...) É um imbecil pomposo que está lutando contra mim desde o início, exceto quando me suplicou para que apoiasse sua candidatura no Senado (e eu o apoiei) e quando me implorou para ser secretário de Estado (e eu não aceitei)", continuou o presidente americano.


As críticas de Romney

Romney tem sido uma das poucas do Partido Republicano a desafiar o presidente. Ontem, em comunicado, o senador classificou como "equivocada" e "espantosa" a ligação telefônica entre Trump e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski.


Na conversa, Trump pede a Zelenski que abra uma investigação contra a família do ex-vice-presidente Joe Biden, pré-candidato às eleições de 2020, fato que fez a oposição democrata dar início ao processo de impeachment contra o presidente americano.

Romney também criticou Trump por ter pedido publicamente à China que investigue Biden.


Processo de impeachment

Os democratas têm votos suficientes para aprovar o impeachment de Trump na Câmara de Representantes, controlada pelo partido, mas não para fazer o processo avançar no Senado, dominado pelos republicanos.

Para que Trump seja afastado do cargo, a oposição precisa que 20 dos 53 senadores republicanos apoiem a medida, algo que parece pouco factível e que nunca ocorreu na história dos Estados Unidos.

Só três presidentes foram alvo de processos de impeachment no país: Andrew Johnson (1865-1869), Bill Clinton (1993-2001), ambos absolvidos, e Richard Nixon (1969-1974), que renunciou ao cargo antes de o caso ser votado na Câmara de Representantes.

Até agora, os republicanos evitam defender categoricamente Trump e tentam desviar a atenção para uma possível corrupção do filho de Biden, Hunter, que por quase cinco anos assessorou a companhia de gás ucraniana Burisma.

Segundo as pesquisas, o apoio dos americanos a um impeachment de Trump cresceu nas últimas semanas, em especial entre os eleitores democratas e independentes, mas a aprovação do governo segue firme na base do Partido Republicano.

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