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Trump 'provavelmente' cometeu crime grave ao obstruir Congresso, diz juiz

Parecer atesta que ex-presidente teria tentado impedir sessão que validaria a eleição de Joe Biden, em janeiro de 2021

Internacional|Do R7

Donald Trump está sendo investigado por participação na invasão do Capitólio, em 2021
Donald Trump está sendo investigado por participação na invasão do Capitólio, em 2021

Um juiz federal da Califórnia afirmou nesta segunda-feira (28) que o ex-presidente americano Donald Trump "provavelmente" cometeu um crime grave ao tentar obstruir o trabalho do Congresso quando tentou minar as eleições de 2020, no dia 6 de janeiro de 2021.

O magistrado David Carter, do Tribunal do Distrito Central da Califórnia, emitiu parecer escrito ordenando que 101 e-mails confidenciais de John Eastman, aliado de Trump, sejam entregues ao comite do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos por apoiadores do ex-presidente no ano passado.

"Com base nas provas, o Tribunal considera muito provável que o presidente Trump tenha tentado obstruir de forma corrupta a Sessão Conjunta do Congresso em 6 de janeiro de 2021", explicou Carter.

Segundo o juiz, o plano que Eastman ajudou a desenvolver era obviamente ilegal e o então presidente Trump (2017-2021) o conhecia à época.


A decisão de Carter, que foi nomeado pelo agora ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), representa um marco na história da justiça dos EUA ao indicar que um presidente em exercício "provavelmente" cometeu um crime.

Em 2 de março, os investigadores do comitê apresentaram um documento no qual dizem que Eastman e Trump cometeram dois possíveis crimes: conspiração para fraudar os EUA e obstrução de um processo oficial do Congresso.


Segundo o documento, os dois trabalharam juntos para tentar convencer o então vice-presidente Mike Pence a obstruir a certificação dos votos do Colégio Eleitoral na sessão do Congresso de 6 de janeiro de 2021 e, portanto, a vitória do atual presidente Joe Biden nas eleições de novembro de 2020.

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O comitê solicitou o acesso aos documentos e intimou aliados de Trump, que em alguns casos se recusaram a cooperar, o que resultou na detenção do ex-assessor presidencial Steve Bannon por desacato.

Embora a comissão não tenha poderes para apresentar acusações criminais, prevê divulgar um relatório sobre a sua investigação, que pode ser transmitido ao Departamento de Justiça para que avalie possíveis ações penais.

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