Trump tenta evitar depoimento público sobre caso com atriz pornô
Advogado de Trump pede que processo sobre acordo de confidencialidade com Stormy Daniels seja resolvido em corte de arbitragem e sem audiências
Internacional|Do R7, com Reuters
A equipe de advogados de Donald Trump tenta evitar que o presidente dos EUA precise comparecer a uma audiência pública para falar sobre o suposto caso com a atriz pornô Stormy Daniels.
Stormy, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, processou o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, no mês passado para ser liberada de um acordo de confidencialidade que assinou em outubro de 2016 para que não falasse sobre uma relação sexual que ela alega ter tido com Trump em troca de 130 mil dólares.
Nesta segunda-feira (2), os advogados de Trump que um juiz federal force a atriz a usar arbitragem para resolver uma disputa envolvendo um acordo de confidencialidade
Casa Branca nega caso com atriz
A Casa Branca nega que Trump tenha tido relações sexuais com Stephanie Clifford e Cohen disse que pagou a atriz com seu próprio dinheiro.
Em uma ação judicial apresentada na segunda-feira (3) em Los Angeles, Brent Blakely, advogado de Cohen, argumentou que o acordo incluía uma cláusula prevendo que quaisquer disputas sobre seu texto fossem resolvidas por meio de arbitragem, ao invés de em uma audiência pública.
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A lei federal "dita que essa moção seja admitida, e que Clifford seja forçada à arbitragem, uma vez que ela concordou em fazê-lo consciente e voluntariamente", escreveu Blakely.
Atriz quer audiência pública
O advogado de Stephanie Clifford, Michael Avenatti, disse que a disputa deve ser resolvida em audiência pública.
"Nós vamos nos opor vigorosamente à moção que acaba de ser apresentada pelo sr. Trump e pelo sr. Cohen para que esse caso seja decidido em uma arbitragem secreta em uma sala de conferência privada, propositadamente escondida do público norte-americano", disse Avenatti em comunicado.
Avenatti tem argumentado que o acordo de confidencialidade é inválido porque Trump nunca assinou o documento. Entretanto, na ação movida nesta segunda-feira, Blakely respondeu que o texto do acordo não especificava que Trump, usando o pseudônimo David Dennison, precisava assiná-lo para que o acordo fosse válido.