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Trump toma distância do WikiLeaks após prisão de Assange

Pedido foi feito pelo Departamento de Justiça americano, que acusa ativista de "conspiração" para infiltrar-se em computadores do governo

Internacional|Da EFE


Trump se distancia de Assange por pedido do governo
Trump se distancia de Assange por pedido do governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se distanciou nesta quinta-feira (11) do WikiLeaks depois que seu fundador, Julian Assange, foi detido nas últimas horas em Londres a pedido do Departamento de Justiça americano, que lhe acusa de "conspiração" para infiltrar-se em computadores do governo.

"Não sei nada sobre WikiLeaks. Não é assunto meu", disse o governante aos meios de comunicação ao receber o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na Casa Branca.

Anteriormente, o presidente americano tinha proclamado em várias ocasiões seu "amor" por essa plataforma, cujo principal objetivo é divulgar documentos confidenciais.

Asilo na Embaixada do Equador


Assange foi detido na embaixada do Equador em Londres a pedido dos EUA, que acusa o ativista australiano de coordenar-se com a ex-soldado Chelsea Manning para decifrar códigos de acesso a computadores do governo americano para acessar informação confidencial sem deixar rastro.

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Em 2010, Manning vazou ao WikiLeaks mais de 700.000 documentos classificados como "altamente secretos" sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão e telegramas do Departamento de Estado, o que representou um revés para a diplomacia americana e alimentou um debate sobre o papel dos EUA no mundo.


Trump disse hoje que não sabia "nada" sobre este assunto e acrescentou que será o procurador-geral dos EUA, William Barr, quem decidirá como proceder de agora em diante.

Encontro com colaborador 


No ano passado, as autoridades americanas acusaram um colaborador de Trump, Roger Stone, de ter contatado o WikiLeaks durante a campanha eleitoral de 2016 para pedir-lhe que vazassem e-mails da então candidata democrata, Hillary Clinton, a fim de beneficiar a candidatura do agora presidente.

Trump também se referiu nesta quinta-feira à decisão de Barr de criar um grupo de trabalho para avaliar se a já concluída investigação do chamado "caso Rússia", que averiguou os supostos vínculos entre sua equipe eleitoral e o Kremlin, poderia ter representado um "abuso de autoridade" por parte do governo.

Barr anunciou ontem essa medida durante uma audiência diante do Senado na qual destacou que as autoridades tinham espionado a equipe de campanha de Trump, embora tenha ressaltado que não tem indícios que de esta vigilância tenha ocorrido às margens da lei.

Trump expressou hoje seu desejo de que se abra uma investigação sobre o ocorrido: "Acredito que o que disse (Barr) foi absolutamente certo, estavam espionando minha campanha (...). Darei um passo além; na minha opinião, foi uma espionagem ilegal, sem precedentes. Algo que não deveria permitir-se que volte a acontecer no nosso país outra vez".

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