Trump troca chefia de sua campanha à reeleição presidencial
Resultados ruins em pesquisas e fracasso de comício do atual presidente dos EUA em Tulsa teriam levado à demissão de Brad Parscale
Internacional|Da EFE, com R7
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, substituiu Brad Parscale como chefe de sua campanha pela reeleição na quarta-feira (15) devido às perspectivas ruins faltando menos de quatro meses antes das eleições na Casa Branca. No lugar de Parscale, Trump nomeou o estrategista Bill Stepien, que trabalha na campanha desde as eleições de 2016.
"É com prazer que anuncio a promoção de Bill Stepien à liderança da campanha de Trump. Brad Parscale, que está comigo há muito tempo e lidera nossas tremendas estratégias digitais e de dados, permanecerá nesse papel, como consultor", disse Trump, pelo Twitter. "Os dois estavam muito envolvidos em nossa histórica vitória de 2016, e espero que juntos tenhamos uma segunda e muito importante vitória."
A maioria das pesquisas coloca Trump cerca de dez pontos atrás de seu oponente, o ex-vice-presidente democrata Joe Biden, que também lidera a intenção de votar em todos os principais estados.
Comício vazio em Tulsa
A campanha não conseguiu encontrar uma resposta à gestão de Trump da crise social e de saúde derivada da pandemia, nem da econômica, à qual se somaram mais recentemente os protestos contra injustiças raciais.
No entanto, o que teria precipitado a saída de Parscale da sede da campanha, de acordo com a mídia dos EUA, foi a desastrosa manifestação de Trump em Tulsa (Oklahoma) em 20 de junho, com meio pavilhão vazio, apesar de o conselheiro da campanha ter dito esperar um milhão de pessoas.
Acostumado a pavilhões lotados e longas filas de entusiastas, a imagem de Tulsa causou uma fraqueza na campanha de Trump ainda não vista.
Parscale assumiu o comando da campanha de Trump em 2018, focada em estratégia digital e captação de recursos. Ele tem um bom relacionamento com os filhos de Trump, Donald Jr. e Eric, e sua empresa de consultoria emprega suas respectivas esposas, Lara Trump e Kimberly Guilfoyle, para a campanha.
Trump já mudou de gerente de campanha em várias ocasiões, inclusive alguns meses antes das eleições de 2016. Naquela ocasião, em junho, ele demitiu Corey Lewandowski, que já tinha servido como substituto, por dois meses, do agora condenado Paul Manafort. Lewandowski foi substituído por Kellyanne Conway, que assumiu o comando até Trump chegar à Casa Branca.