Turquia acusa curdos de esvaziarem prisão com extremistas na Síria
A prisão em questão está localizada em Tell Abiad, cidade síria na fronteira que desde domingo (13) está sob controle do Exército turco
Internacional|Da EFE
A Turquia acusou nesta segunda-feira (14) as milícias curdas - as quais enfrenta desde a quarta-feira passada no nordeste da Síria - de terem esvaziado uma prisão na qual estavam reclusos membros do grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, afirmou que as tropas do país encontraram vazia uma prisão de integrantes do EI no território sírio a leste do rio Eufrates. Essa região, que a Turquia já controla, tem aproximadamente 109 quilômetros quadrados.
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Em entrevista à concedida imprensa em Ancara, Akar acusou as milícias Unidades de Proteção do Povo (YPG, na sigla local) - que fazem parte das FDS (Forças Democráticas Sírias) - de terem esvaziado essa prisão e levado os reclusos.
"Quando fomos lá, vimos que as YPG a tinham esvaziado e tinham levado os membros do EI. Filmamos, tiramos fotos e discutimos com alguns interlocutores", declarou o ministro, sem especificar com quem as imagens foram compartilhadas.
A prisão em questão está localizada em Tell Abiad, cidade síria que faz fronteira com a Turquia e desde ontem está sob o controle do Exército turco.
"As forças turcas entraram hoje na prisão de Tell Abiad esperando tomar a custódia dos detidos do EI. As YPG libertaram os militantes do EI em uma tentativa de alimentar o caos na área. Uma análise legista do lugar revela que os internos não romperam nenhuma porta", explicou a fonte.
As FSD informaram neste domingo a fuga de aproximadamente 800 membros do EI após um ataque turco que atingiu o centro de detenção no qual estavam reclusos no nordeste da Síria.
A comunidade internacional se preocupa com a possibilidade de essa ofensiva militar contra as milícias curdas gerar um ressurgimento do Estado Islâmico.
As YPG foram aliadas da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no combate ao EI durante mais de quatro anos. No entanto, a Turquia as considera terroristas devido aos vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda que atua em território turco.