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Turquia ameaça liberar refugiados para a Europa se não tiver apoio

Presidente Erdogan pediu 'apoio logístico' para a criação de uma área segura na parte oriental da fronteira entre Tuquia e Síria

Internacional|Da EFE

Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou nesta quinta-feira (5) "abrir as portas" e deixar entrar na Europa os refugiados que estão em seu país, caso não receba ajuda econômica e logística da UE (União Europeia) para reassentar cerca de 1 milhão de sírios em uma "área segura" que Ancara deseja criar no norte da Síria.

"Ou acontece isso ou, caso contrário, teremos que abrir as portas. Não vamos carregar este peso sozinhos", avisou Erdogan, em declarações retransmitidas pela emissora turca CNNturk.

"Não obtivemos o apoio internacional necessário, especialmente da UE. Podemos ser obrigados a fazer isso (abrir as portas) para obtê-lo", acrescentou.

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Erdogan pediu "apoio logístico" para a criação de uma área segura na parte oriental da fronteira entre os dois países, ao leste do rio Eufrates, uma região de maioria de população curda e dominada por milícias consideradas terroristas pela Turquia.


O presidente pretende reassentar ali pelo menos 1 milhão de refugiados sírios, dos 3,6 milhões que a Turquia abriga atualmente.

"Nos dê apoio logístico e podemos construir casas a 30 quilômetros da fronteira no norte da Síria", afirmou.


Erdogan também anunciou que no final do mês terá início a operação militar para criar essa área, o que significa expulsar as milícias curdas que dominam a região, e que são aliadas dos Estados Unidos na luta contra o jihadista Estado Islâmico (EI).

A Turquia está há meses ameaçando realizar essa operação, mesmo sem o sinal verde de Washington.

"Estamos decididos a começar no final de setembro a estabelecer uma zona de segurança como desejamos. O ideal seria fazê-lo junto com nossos amigos dos EUA, mas se não chegarmos a um acordo, estaremos igualmente preparados e faremos com nossos próprios meios", finalizou Erdogan

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