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Turquia exige que EUA parem de apoiar combatentes curdos na Síria

Porta-voz do presidente Tayyip Erdogan diz que se apoio à milícia YPG não for encerrado, pode haver conflitos entre militares dos dois países

Internacional|Do R7

Presidente Erdogan visitou a fronteira turca com a Síria
Presidente Erdogan visitou a fronteira turca com a Síria

A Turquia pediu nesta quinta-feira (25) que os Estados Unidos cessem o apoio a combatentes curdos das milícias YPG, sob o risco de entrar em confronto com forças turcas em solo sírio. Foi o aviso mais forte de Ancara sobre um possível confronto com seu aliado da Otan.

Os comentários, feitos pelo porta-voz do governo do presidente Tayyip Erdogan, destacam as crescentes tensões bilaterais seis dias após a Turquia lançar uma operação na região de Afrin, no noroeste da Síria.

A mira da Turquia contra as YPG, que o país vê como uma ameaça à sua segurança, abriu uma nova frente na guerra civil Síria, que possui múltiplos lados.

Qualquer impulso de forças turcas em direção a Manbij, parte de um território tomado por curdos a cerca de 100 quilômetros a leste de Afrin, pode ameaçar planos dos Estados Unidos de estabilizarem o nordeste da Síria e colocá-las em confronto direto com tropas norte-americanas designadas na região.


“Aqueles que apoiam a organização terrorista irão se tornar um alvo nesta batalha”, disse o vice-primeiro-ministro Bekir Bozdag.

“Os Estados Unidos precisam rever seus soldados e elementos dando apoio a terroristas em solo, de uma forma a evitar um confronto com a Turquia”, disse Bozdag, que também exerce a função de porta-voz do governo, à emissora A Haber.


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Os EUA possuem cerca de 2 mil soldados na Síria, oficialmente como parte de uma coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico. Washington enfureceu Ancara ao fornecer armas, treinamentos e apoio aéreo para forças curdas sírias que a Turquia vê como terroristas.

Um porta-voz da coalizão se negou a comentar sobre as afirmações de Bozdag.


Forças norte-americanas foram enviadas em março para Manbij e arredores para impedir que forças turcas e rebeldes apoiados pelos EUA entrassem em confronto, e também realizaram missões de treinamento na área.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu na quarta-feira para Erdogan reduzir a operação militar na Síria, informou a Casa Branca. No entanto, a Turquia contestou esta caracterização da conversa.

“O presidente Trump não compartilha quaisquer ‘preocupações sobre aumento da violência’ a respeito das operações militares em andamento em Afrin”, disse uma autoridade turca.

“A discussão dos dois líderes sobre a Operação Ramo de Oliveira foi limitada a uma troca de pontos de vista”, disse a autoridade.

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