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Turquia pede que Alemanha declare grupo Gulen como terrorista

Pedido de Erdogan para que o país alemão reconheça a Organização Terrorista Gulenista como um grupo terrorista foi publicado em jornal

Internacional|Do R7

Erdogan visitará a Alemanha nesta quinta-feira (27)
Erdogan visitará a Alemanha nesta quinta-feira (27)

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, que visitará a Alemanha nesta quinta-feira (27), pediu que o país declare como grupo terrorista o movimento do dissidente Fethullah Gulen, que Ancara culpa por uma tentativa fracassada de golpe de 2016.

O pedido, feito em um artigo publicado no jornal Frankfurter Allgemeine, colocou no foco as diferenças políticas entre os dois países na chegada de Erdogan, que tenta reparar os laços políticos e comerciais tensionados.

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A Alemanha vem dizendo que precisa de mais provas que liguem a rede de apoiadores do clérigo residente nos Estados Unidos, que a Turquia rotula como Organização Terrorista Gulenista (Feto), ao esforço fracassado de deposição do governo turco.

A Alemanha deveria "reconhecer que a Feto é responsável pela tentativa de golpe, como o Reino Unido fez", escreveu Erdogan no artigo, veiculado na quarta-feira no site do jornal.


A recusa de Berlim de extraditar militares que a Turquia acusa de participarem do levante malfadado, e que pediram asilo, revoltou Ancara. O governo alemão teme pelo destino das dezenas de milhares de pessoas presas na repressão subsequente, entre elas dezenas de cidadãos alemães.

"Estamos buscando o objetivo de fortalecer nossos laços comerciais e econômicos", escreveu Erdogan. "Em nome da prosperidade e do futuro de ambos os países, vamos fortalecer nosso interesses mútuos e reduzir nossos problemas".


A visita de Estado de Erdogan à Alemanha, durante a qual se encontrará com a chanceler Angela Merkel três vezes, ocorre em um momento de crise na economia turca, mas ele pode se deparar com uma recepção fria.

Depois de anos de crescimento acelerado, a Turquia viu sua dívida externa pesada se agravar devido à desvalorização de 40% da lira neste ano – uma queda que se intensificou depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções em retaliação à detenção de um pastor norte-americano.


Ressaltando a recepção fria que Erdogan deve esperar, manifestantes se reuniram em um aeroporto de Berlim horas antes de sua chegada e protestaram contra o estado da liberdade de imprensa na Turquia, onde dezenas de jornalistas críticos estão presos. Grande parte do centro da capital alemã foi interditada.

Apesar da desconfiança, o governo alemão, ciente da diáspora de três milhões de turcos que vive em seu território, está acolhendo cautelosamente os acenos de Erdogan.

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