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Ucrânia afirma que vitória na guerra 'é questão de tempo' após retirada russa de Kherson

Ministro Dmytro Kuleba usa tom otimista em discurso como convidado na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático

Internacional|Do R7

Soldado ucraniano em trincheira na linha de frente de conflito
Soldado ucraniano em trincheira na linha de frente de conflito

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou neste sábado (12) que a "libertação" da cidade de Kherson pelo Exército ucraniano se soma a outras batalhas vencidas por seu país e que a vitória contra os invasores russos é apenas "uma questão de tempo".

Foi assim que Kuleba se expressou em uma coletiva de imprensa em Phnom Penh, capital do Camboja, onde está como convidado especial na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

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"Em nossa guerra defensiva contra o inimigo, a Ucrânia vai vencer, é uma questão de tempo [...] Cada centímetro da Ucrânia será liberado", disse Kuleba no hotel Sokha de Phnom Penh, onde acontecem as reuniões de líderes da ASEAN e de parceiros externos, incluindo Estados Unidos, Rússia e China.

Kuleba justificou o otimismo com as vitórias que as forças ucranianas tiveram em diferentes batalhas como em Kiev, nas áreas ocupadas do nordeste do país e na região de Kherson.


O ministro também denunciou o Exército russo por torturar e assassinar civis e atacar infraestruturas não por motivos militares, mas para prejudicar a população.

Nesse sentido, pediu à comunidade internacional, incluindo os países do Sudeste Asiático, que entreguem transformadores, geradores e peças de reposição à Ucrânia para ajudar a reparar a infraestrutura elétrica, necessária no auge do inverno na Ucrânia.


Em Phnom Penh, Kuleba assinou um tratado de cooperação e amizade com a ASEAN e reuniu-se com seus homólogos de Camboja, Indonésia, Tailândia, Filipinas e Vietnã.

O ministro agradeceu a ASEAN por apoiar a Ucrânia e pediu que condenasse a agressão russa contra a Ucrânia, já que "não é apenas um ataque à soberania de um país soberano, mas um ataque à Carta das Nações Unidas".


Se a Rússia "conseguir o que quer", a maioria dos países asiáticos "não quer ver uma repetição na Ásia do padrão de comportamento da Rússia com o uso da força, violação de fronteiras e massacres contra a população civil", alertou.

Kuleba acrescentou que os países têm muitas maneiras de apoiar a Ucrânia, não apenas por meio de sanções contra a Rússia, mas enviando ajuda militar ou humanitária.

O ministro ucraniano descartou uma reunião com o homólogo russo, Sergei Lavrov, que também está em Phnom Penh para participar da cúpula da ASEAN, mas disse que está aberto a uma reunião se a Rússia for "sincera" para negociar.

No entanto, lamentou que as autoridades russas exigissem "rendição total sem condições", o que descreveu como inaceitável para a Ucrânia, e lembrou que o líder russo, Vladimir Putin, se recusou a sentar para negociar com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

Kuleba apelou a todos os países e alertou que não se trata da invasão da Ucrânia, mas se "os grandes países têm o direito de invadir os pequenos países".

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