Ucrânia deve sair prejudicada independentemente do acordo firmado com a Rússia, diz especialista
Delegações norte-americanas e ucranianas fizeram nova rodada de reuniões sobre a guerra no leste europeu
Internacional|Do R7
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Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia fizeram uma nova rodada de conversas sobre a guerra neste domingo (30). A delegação ucraniana foi recebida pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que disse que é preciso se manter realista sobre as dificuldades da situação, mas expressou otimismo sobre a reunião no estado da Flórida — que teria apresentado progresso na proposta de paz.
Também no domingo, o presidente Donald Trump afirmou que tanto a Rússia quanto a Ucrânia querem acabar com o conflito, e que há boas chances de um acordo ser alcançado. O doutor em ciência política Bruno Pasquarelli, no entanto, destaca a posição vantajosa que os russos têm no campo de batalha.

“Se nós pegarmos o leste da Ucrânia, basicamente de 20 a 30% do território ucraniano do leste está tomado por forças russas. E nas negociações com a Rússia, nós temos claramente a indicação de que esses territórios ficariam com a Rússia”, pondera em entrevista ao Conexão Record News.
O especialista diz ser “muito provável” que a Ucrânia saia, de certa maneira, prejudicada, “porque vai perder territórios e porque vai ser como se fosse um estado neutro, ela não entraria em nenhum tipo de organização internacional. Por isso a preocupação da Ucrânia em buscar outras formas de se defender”.
Pasquarelli cita conversas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com o líder francês Emmanuel Macron, enquanto o russo Vladimir Putin utiliza sua vantagem para adiar o fim do conflito. “Ao esperar, o Vladimir Putin deixa muito claro que ele tem a possibilidade de negociar nos termos dele, coisa que o Zelensky não tem”.
Os escândalos de corrupção no governo da Ucrânia também teriam facilitado a pressão de Donald Trump para que o lado ucraniano cedesse. Para o doutor, tudo indica que pode haver algum tipo de cessar-fogo, do qual a Ucrânia deve sair muito debilitada e enfraquecida.
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