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Ucrânia sobe o tom e acusa o COI de ser 'um promotor da guerra'

Conselheiro da Presidência do país reagiu à possibilidade de atletas da Rússia poderem disputar os Jogos Olímpicos de Paris em 2024

Internacional|Do R7, com AFP

Soldados resgatam colegas que pisaram em mina terrestre na região de Donetsk, na Ucrânia
Soldados resgatam colegas que pisaram em mina terrestre na região de Donetsk, na Ucrânia

A Presidência da Ucrânia reagiu, nesta segunda-feira (30), à possibilidade de o COI (Comitê Olímpico Internacional) autorizar a participação de atletas russos, mesmo que com bandeira neutra, nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A Ucrânia foi categórica ao afirmar que o COI será um "promotor da guerra" caso permita que russos disputem a próxima Olimpíada.

"O COI é um promotor da guerra, dos assassinatos e da destruição. O COI observa com prazer a Rússia destruir a Ucrânia e oferece de imediato à Rússia uma plataforma para promover o genocídio" dos ucranianos, disparou, via Twitter, o conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mijáilo Podoliak, ao se dirigir de maneira pessoal ao alemão Thomas Bach, chefe do comitê olímpico.

"Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem o cheiro do sangue ucraniano. Certo, sr. Bach?", acrescentou, em uma referência direta ao presidente do COI, Thomas Bach.

Desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a Ucrânia pede a exclusão dos cidadãos da Rússia e da Bielorrússia, um país aliado do Kremlin, dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.


Mas o COI afirmou, na semana passada, que "examina" a possibilidade de autorizar a participação dos atletas russos e bielorrussos, que estão vetados da maioria das competições internacionais desde o início do conflito, sob uma bandeira neutra.

A possibilidade provocou indignação na Ucrãnia.


Na sexta-feira, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, criticou a "hipocrisia" do COI e convidou Bach a visitar Bakhmut, um dos pontos mais violentos da guerra com a Rússia,

No domingo, ele afirmou que enviou uma carta ao presidente francês, Emmanuel Macron, para pedir que os atletas russos sejam excluídos de Paris 2024.

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