Rússia x Ucrânia

Internacional Ucrânia sobe o tom e acusa o COI de ser 'um promotor da guerra'

Ucrânia sobe o tom e acusa o COI de ser 'um promotor da guerra'

Conselheiro da Presidência do país reagiu à possibilidade de atletas da Rússia poderem disputar os Jogos Olímpicos de Paris em 2024

  • Internacional | Do R7, com AFP

Soldados resgatam colegas que pisaram em mina terrestre na região de Donetsk, na Ucrânia

Soldados resgatam colegas que pisaram em mina terrestre na região de Donetsk, na Ucrânia

Yasuyoshi Chiba/AFP – 29.01.2023

A Presidência da Ucrânia reagiu, nesta segunda-feira (30), à possibilidade de o COI (Comitê Olímpico Internacional) autorizar a participação de atletas russos, mesmo que com bandeira neutra, nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A Ucrânia foi categórica ao afirmar que o COI será um "promotor da guerra" caso permita que russos disputem a próxima Olimpíada.

"O COI é um promotor da guerra, dos assassinatos e da destruição. O COI observa com prazer a Rússia destruir a Ucrânia e oferece de imediato à Rússia uma plataforma para promover o genocídio" dos ucranianos, disparou, via Twitter, o conselheiro da Presidência da Ucrânia, Mijáilo Podoliak, ao se dirigir de maneira pessoal ao alemão Thomas Bach, chefe do comitê olímpico.

"Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem o cheiro do sangue ucraniano. Certo, sr. Bach?", acrescentou, em uma referência direta ao presidente do COI, Thomas Bach.

Desde a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a Ucrânia pede a exclusão dos cidadãos da Rússia e da Bielorrússia, um país aliado do Kremlin, dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris.

Mas o COI afirmou, na semana passada, que "examina" a possibilidade de autorizar a participação dos atletas russos e bielorrussos, que estão vetados da maioria das competições internacionais desde o início do conflito, sob uma bandeira neutra.

A possibilidade provocou indignação na Ucrãnia.

Na sexta-feira, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, criticou a "hipocrisia" do COI e convidou Bach a visitar Bakhmut, um dos pontos mais violentos da guerra com a Rússia,

No domingo, ele afirmou que enviou uma carta ao presidente francês, Emmanuel Macron, para pedir que os atletas russos sejam excluídos de Paris 2024.

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