UE está inclinada a impor embargo a petróleo russo até final do ano, dizem diplomatas
Bloco econômico está preparando um sexto pacote de sanções contra a Rússia em resposta à invasão da Ucrânia
Internacional|Do R7
A União Europeia está inclinada a proibir as importações de petróleo russo até o fim do ano, disseram dois diplomatas da UE, após conversações entre a Comissão Europeia e os Estados-membros do bloco neste fim de semana.
O bloco econômico está preparando um sexto pacote de sanções contra a Rússia como resposta à invasão há pouco mais de dois meses da Ucrânia, que Moscou chama de operação militar especial.
Espera-se que o pacote tenha como alvo o petróleo russo, bancos russos e belarussos, assim como mais indivíduos e empresas.
A comissão, que está coordenando a resposta da UE, realizou conversações denominadas "confessionários" com pequenos grupos de países do bloco e terá como objetivo firmar seu plano de sanções a tempo para uma reunião de embaixadores do bloco em Bruxelas na quarta-feira.
Os ministros da Energia da UE também deverão se reunir na segunda-feira na capital belga para discutir o assunto.
Os diplomatas do bloco disseram que alguns países da União Europeia conseguirão acabar com o uso do petróleo antes do fim de 2022, mas outros, particularmente os membros mais do sul, estavam preocupados com o impacto nos preços.
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A Alemanha, um dos maiores compradores de petróleo da Rússia, parecia estar disposta a concordar com o corte no fim de 2022, disseram os diplomatas, mas países como Áustria, Hungria, Itália e Eslováquia tinham reservas.
Um conselheiro do chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que a Alemanha apoia uma proibição da UE às importações de petróleo russo, mas precisa de alguns meses para garantir alternativas.
"Estamos pedindo um período considerado de baixa de vento", disse Joerg Kukies, segundo o Financial Times. "Queremos parar de comprar petróleo russo, mas precisamos de um pouco de tempo para ter certeza de que podemos conseguir outras fontes de petróleo em nosso país."
Kukies disse que a Alemanha queria garantir que uma refinaria em Schwedt, no nordeste do país, operada pela empresa petrolífera estatal russa Rosneft, pudesse ser abastecida com petróleo não russo trazido por petroleiros para Rostock, no mar Báltico.
Ele disse ao jornal britânico que para permitir isso, o porto de Rostock teria que ser aprofundado e trabalho tem de ser feito no oleoduto que o ligava a Schwedt.
Alguns países da UE propuseram optar por um limite no preço que eles estão dispostos a pagar pelo petróleo russo. No entanto, isso ainda os deixaria forçados a pagar preços mais altos por suprimentos de outros lugares.