A União Europeia deu um passo importante para a criação de um exército unificado. Seus países-membros, agora sem restrições à saída do Reino Unido do bloco, lançaram um pacto entre os 25 governos para financiar, desenvolver e enviar forças armadas juntos. Trata-se de uma ambição de 70 anos, que começou a ser colocada em prática nesta quinta-feira (14). A iniciativa se encaixa às aspirações dos líderes do bloco, principalmente do atual presidente francês, Emmanuel Macron, que tem se destacado nesta liderança em vários setores e, em relação à área de defesa, já reiterou o apoio à criação de uma força militar compartilhada e sistemas de defesa comuns entre as nações do continente, com um orçamento unificado. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Ele disse, de forma categórica. — Notícias ruins para nossos inimigos. Inicialmente bloqueado pelo Parlamento francês na década de 1950 e posteriormente pelo Reino Unido, que temia a criação de um Exército da UE, o pacto busca acabar com gastos de bilhões de euros em políticas fragmentadas de defesa. O acordo também busca diminuir a forte dependência europeia dos Estados Unidos. Tusk, que preside a cúpula da UE, citou em seu discurso a tentativa fracassada na década de 1950. — Há mais de meio século, uma ambiciosa visão da Comunidade Europeia de Defesa foi criada, mas o que faltava era a união e coragem para colocá-la em prática.Reino Unido: Derrota no Parlamento compromete cronograma do Brexit E completou, diante de líderes da UE e militares de cada um dos 25 países envolvidos. — O sonho estava em desacordo com a realidade. Hoje este sonho se torna realidade. A Dinamarca, que possui uma opção de exclusão de questões de defesa da UE, e Malta, foram os únicos países da UE que não assinaram, ao lado do Reino Unido, de saída.