UE não reconhece Lukashenko como presidente de Belarus
Governante, que foi reeleito em eleição questionada pelo Ocidente, tomou posse para o 6º mandato ontem. Bloco está revendo relações com o páis
Internacional|Do R7
A União Europeia reforçou nesta quinta-feira (24) que não reconhece Alexandr Lukashenko como presidente de Belarus.
Logo após as eleições no país, que o reelegeram para o 6º mandato no comando do país, o órgão já havia dito que não reconhecia o resultado, já que as eleições não seguiram os protocolos adequados.
Na tarde de quarta-feira (23), Lukashenko tomou posse em uma cerimônia sigilosa e que não havia sido divulgada com antecedência. Com a oficialização da reeleição, líderes de diversos países, como os EUA, disseram não reconhecer o resultado.
Em comunicado, a União Europeia “reitera que as eleições presidenciais de Belarus, em 9 de agosto, não fora nem livres e nem justas”, e com isso, “não reconhece os seus resultados falsificados”. O comitê eleitoral do país afirmou que Lukashenko foi reeleito com 80% dos votos, cifra questionada pelo Ocidente.
“A posição da União Europeia é clara: cidadãos bielorrussos merecem o direito de serem representados por aqueles que foram escolhidos livremente através de eleições inclusivas, transparentes e confiáveis”, diz a nota.
Protestos e perseguição à oposição
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O órgão também menciona os protestos massivos que começaram após a reeleição de Lukashenko. Milhares de bielorrussos seguem pelas ruas de Misnk questionando o resultado das eleições, e centenas de pessoas já foram presas. A brutalidade da repressão aos protestos gerou críticas da União Europeia, que cogitou sancionar o país.
“Nós estamos impressionados pela coragem da população que continua protestando pacificamente pela democracia e pelos seus direitos fundamentais, apesar da repressão brutal das autoridades”, diz o comunicado, que também pede que os presos políticos sejam libertados.
Desde o começo dos protestos, a oposição foi fortemente perseguida em Belarus, com líderes tendo que se exilar em países vizinhos.
Por conta da reeleição de Lukashenko, o bloco econômico está “revendo suas relações com Belarus”, mas nenhuma medida foi anunciada ainda.