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Uma criança se torna refugiada a cada segundo na Ucrânia, diz Unicef

Após a invasão russa, em torno de 1,4 milhão de crianças se viram obrigadas a fugir do país

Internacional|Do R7

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Menina de 3 anos é retirada de Mariupol em meio à invasão russa da Ucrânia
Menina de 3 anos é retirada de Mariupol em meio à invasão russa da Ucrânia

Quase a cada segundo uma criança da Ucrânia se torna refugiada, informou o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nesta terça-feira (15).

Nos últimos 20 dias, após a invasão russa da Ucrânia, em torno de 1,4 milhão de crianças foram obrigadas a fugir do país, ou seja, cerca de 55 por minuto, ou "praticamente uma criança por segundo", disse o porta-voz do Unicef, James Elder, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

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No total, mais de 2,95 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, de acordo com o último balanço do Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

"Esta crise, por sua velocidade e sua magnitude, não tem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial", disse o porta-voz do Unicef. Ele ressaltou que as crianças correm "o risco de se ver separadas dos pais, sofrer violências, ser exploradas sexualmente ou servir ao tráfico" de pessoas.

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A guerra na Ucrânia fez com que os olhos do mundo se voltassem para cenas de barbárie causadas por um conflito armado. Entretanto, algumas disputas tão sangrentas quanto essa ocorrem no mundo há alguns anos e muitas vezes não chamam tanto a atenção da mídia
Em 4 de novembro de 2020, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, lançou uma operação militar na região do Tigré para destruir a TPLF (Frente de Libertação do Povo do Tigré) com a justificativa de que membros do partido teriam atacado bases militares etíopes
Além da guerra na Ucrânia, outros conflitos brutais ocorrem atualmente, apesar de não receberem tanta atenção quanto as várias ofensivas russas no território ucraniano. Assim como no Leste Europeu, essas guerras seguem deixando um grande rastro de mortes e destruição
No Iêmen, no Oriente Médio, um conflito que se iniciou em 2014 deu origem à maior crise humanitária do mundo atualmente, segundo a ONU. O presidente deposto Abd-Rabbu Mansour Hadi foi forçado ao exílio por forças rebeldes hutis, que tomaram a capital do país, Saná, também em 2014
Em meio à instabilidade política, o movimento houthis, que defende a minoria xiita zaidi do Iêmen, conseguiu tomar a capital, Saná, tirando Hadi do poder. O conflito tomou proporções maiores quando a Arábia Saudita, apoiada por outros países árabes e ocidentais, principalmente os EUA, começou a promover ataques para derrubar o movimento, que recebe o apoio do Irã 
Há pouco mais de um ano, o Exército de Mianmar, país do Sudeste Asiático, decidiu derrubar o governo de Aung San Suu Kyi, eleito democraticamente. Os meses seguintes à destituição de Suu Kyi foram marcados pela repressão sangrenta e violenta aos manifestantes, que lutam pela retomada do processo democrático no país
Segundo a alta-comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, Michelle Bachelet, milhares de pessoas foram assassinadas pelas forças militares. Entre outros crimes, o Exército de Mianmar teria feito crianças como prisioneiras. Em setembro, a ONU destacou que 8.000 pessoas foram presas desde o início da ditadura no país; dessas, 4.700 ainda estariam presas na época
Manifestantes começaram a se reunir em 2011 para protestar contra o desemprego, a corrupção e a falta de liberdade no país, inspirados pelos protestos da Primavera Árabe
Após uma década de guerra, o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos) estima que pelo menos 117 mil pessoas tenham sido mortas pelo regime de Assad, que apoia a Rússia na invasão da Ucrânia. O Ancur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) acredita que a guerra civil tenha levado 13,3 milhões de sírios a deixarem o país

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