Unesco cobra Talibã que garanta segurança de jornalistas
Pelo menos sete profissionais da imprensa foram assassinados durante o exercício de suas funções no ultimo ano no Afeganistão
Internacional|Do R7
A Unesco lançou um chamado nesta sexta-feira (20) para que sejam garantidas a liberdade de expressão e a segurança dos jornalistas no Afeganistão, em respeito às normas internacionais e às obrigações dentro das normas estabelecidas de direitos humanos.
Talibã mata a tiros parente de jornalista da imprensa alemã
"O acesso a informações confiáveis e a um debate público aberto, graças a veículos de imprensa livre s e independentes, é essencial para que os afegãos possam viver em uma sociedade com a paz que merecem", disse, em comunicado, a diretora geral da agência das Nações Unidas para educação, ciência e cultura, Audrey Azoulay.
De acordo com comunicado emitido pela Unesco, neste período classificado como crítico, "ninguém deve ter medo de dizer o que pensa, e a segurança de todos os jornalistas, especialmente das mulheres, deve ser, especialmente, garantida.
A Unesco relembrou que, nas últimas décadas, contribuiu para o desenvolvimento de um setor de mídia "dinâmico e diverso" no Afeganistão, que entende estar demonstrando um compromisso com o público do país, "inclusive diante da violência e das ameaças".
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A agência informou que, no último ano, foram assassinados no território afegão, pelo menos, sete jornalistas, incluindo quatro mulheres, durante o exercício de suas funções.
A Unesco, que tem sede em Paris, defendeu que os importantes avanços conseguidos nos últimos anos no Afeganistão, "não sejam reduzidos a nada", com a tomada de poder por parte dos talibãs, e que as mulheres jornalistas possam seguir trabalhando no país.
Na terça-feira (17), os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) informaram que o porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, havia garantido que seria respeitada a liberdade de imprensa, embora a própria ONG admita que há uma "credibilidade muito frágil" nas palavras do representante dos insurgentes.
Nesta sexta-feira, um familiar de um jornalista que trabalha na Deutsche Welle, veículo da imprensa alemã, teve um familiar morto a tiros pelo Talibã. Há relatos de que membros do grupo extremistas estariam realizando buscas por jornalistas tanto na capital Cabul quanto em outras províncias afegãs.