União Europeia considera banir vistos para todos os russos em nova sanção ao país
Ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, que detém a Presidência do bloco, disse que a medida pode ser 'muito eficaz'
Internacional|Do R7
A República Tcheca, que detém a Presidência rotativa da União Europeia (UE), considerou nesta sexta-feira (12) que a proibição de visto a todos os viajantes russos pode ser a próxima sanção do bloco contra a Rússia.
"O congelamento total de vistos a russos por todos os Estados-membros da UE pode ser outra sanção muito eficaz", disse o ministro das Relações Exteriores tcheco, Jan Lipavsky, em comunicado obtido pela AFP.
Lipavsky disse que faria a proposta em uma reunião informal dos ministros das Relações Exteriores da UE em Praga no fim deste mês.
As autoridades ucranianas exigem que a UE tome essa medida, que divide os países do bloco, obrigados a adotar sanções por unanimidade.
"Neste período de agressão russa, que o Kremlin continua intensificando, não se pode falar de turismo comum para cidadãos russos", disse Lipavsky.
A República Tcheca parou de emitir vistos para russos a partir de 25 de fevereiro, um dia após a invasão russa da Ucrânia. Até agora, a UE adotou seis pacotes de sanções contra a Rússia.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski pediu aos países ocidentais que proíbam todos os cidadãos russos de entrar , em uma entrevista ao Washington Post nesta semana.
O ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, apresentou um plano na semana passada para limitar os vistos de turista para os russos.
Kaja Kallas, primeira-ministra da Estônia, também na fronteira com a Rússia, pediu à UE que pare de emitir vistos para os russos no início desta semana.
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"Visitar a Europa é um privilégio, não um direito humano", escreveu ele no Twitter na terça-feira. Lipavsky disse que a medida enviaria "um sinal muito claro e direto à sociedade russa".
Isso mostraria que "o mundo ocidental não tolera a agressão e a retórica odiosa do regime russo contra países livres e democráticos que não representam uma ameaça à Rússia", acrescentou.