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Venezuela: Caracas amanhece com energia parcial e país segue sem luz

Apagão começou na quinta-feira (7) e luz ainda não foi restabelecida. Nicolás Maduro alega que hidroelétrica teria sofrido sabotagem

Internacional|Da EFE

A capital da Venezuela Caracas amanheceu nesta segunda-feira (11) com energia parcial depois que foi restabelecido o fornecimento em boa parte da cidade após o apagão ocorrido na quinta-feira (7), que afetou várias regiões do país, muitas das quais continuam sem luz até agora.

A capital ainda registra cortes intermitentes de energia em algumas áreas, enquanto em outras o serviço não foi restabelecido desde às 17h locais (18h em Brasília) de quinta-feira (7), quando ocorreu o blecaute que o governo de Nicolás Maduro atribui a uma sabotagem na hidrelétrica de Guri, a principal do país.

Algumas áreas em que o serviço foi restabelecido acabaram sendo afetadas mais tarde pela explosão de transformadores, como ocorreu no município de Baruta, na Grande Caracas.

Além disso, algumas regiões continuam sem luz desde a quinta-feira (7), como Yaracuy, Guárico, Portuguesa, Sucre, Anzoátegui, Trujillo, Lara, Mérida e Zulia, esta última a mais afetada desde que foram registrados cortes de eletricidade no país.


Os governadores locais dos estados de Vargas e Miranda afirmam que a luz retornou em algumas partes dos mesmos.

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O governo de Maduro se mantém sem informar com precisão sobre o que ocorreu em Guri e a estatal elétrica Corpoelec também não oferece detalhes sobre o que ocorreu com o sistema elétrico do país.


O presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, que em janeiro se autoproclamou presidente interino do país, informou nesta segunda-feira (11) que parte de sua equipe se deslocou durante a madrugada para o município de Baruta, onde os transformadores explodiram, para conhecer a situação em primeira mão.

"Três dos quatro transformadores que abastecem de eletricidade a região ficaram inutilizados, de acordo com a informação oferecida por pessoal da Corpoelec que não tinha as ferramentas necessárias para atender às consequências da explosão", disse Guaidó no Twitter.


O líder opositor garantiu que, "embora a militarização da região tenha sido imediata", foram os próprios moradores que tiveram que atender "à primeira etapa da emergência", o que ele qualificou de "ação corajosa" que permitiu proteger as vidas dos residentes "antes que os bombeiros e a Defesa Civil chegasse ao local para controlar o incêndio".

Nas últimas horas também houve saques e tentativas de saques contra vários estabelecimentos comerciais.

No município de Baruta aconteceu um saque e, pouco depois, a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militarizada) prendeu um grupo de suspeitos.

Enquanto isso, persistem as longas filas nos postos de gasolina, supermercados e demais estabelecimentos comerciais e é possível ver imagens de pessoas em busca de água e gelo pois seguem sem eletricidade para refrigerar seus alimentos.

Apesar de os caraquenhos tentarem retomar suas rotinas, o transporte público é quase inexistente, o metrô não funciona e as aulas nas escolas continuam suspensas.

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