Venezuela: diversos países se manifestam sobre crise política
Maduro trata essa movimentação como um 'golpe fracassado', ao passo que ocidente analisa a decisão de Guaidó como 'aspirações democráticas'
Internacional|Beatriz Sanz, do R7 com EFE
Na madrugada desta terça-feira (30) o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, convocou a população e parte das Forças Armadas para se virarem contra o presidente Nicolás Maduro.
O governo de Maduro trata essa movimentação como um "golpe fracassado", ao passo que países ocidentais analisam a decisão de Guaidó como "aspirações democráticas". Veja a seguir, quais são os países que se posicionaram sobre o assunto e qual lado deste conflito eles apoiam.
França
O presidente da França, Emmanuel Macron, está acompanhando a crise instaurada na Venezuela e apoia a luta dos rebeldes por um regime democrático, segundo informaram nesta terça-feira (30) fontes no Palácio do Eliseu.
Esta é a primeira manifestação do governo francês depois que o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado chefe de Estado no país, anunciou a união com militares para derrubar o regime chavista, liderado por Nicolás Maduro.
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O governo de Emmanuel Macron, se destacou como um dos mais críticos dentro da União Europeia a Nicolás Maduro e reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela, até a convocação de novas eleições.
Colômbia
O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu nesta terça-feira (30) que a população da Venezuela se una em busca de liberdade e para tirar Nicolás Maduro do poder, depois que um grupo de militares manifestou apoio a Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino.
"Fazemos uma convocação a militares e ao povo da Venezuela para que fiquem do lado certo da história, rejeitando a ditadura e a usurpação de Maduro, se unindo em busca de liberdade, democracia e reconstrução institucional, lideradas pela Assembleia Nacional e por Guaidó", afirmou no Twitter o chefe de governo da Colômbia, um dos cerca de 50 países que reconhecem o líder do parlamento da Venezuela como presidente interino.
Guaidó anunciou na madrugada desta terça-feira que vários militares se uniram a ele para conseguir o fim do governo Maduro e convocou o povo às ruas.
O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, pediu hoje uma reunião urgente com o Grupo de Lima para tratar da nova situação na Venezuela.
EUA
Os Estados Unidos alertaram nesta terça-feira que o caminho para um possível alívio às sanções impostas nos últimos anos a pessoas e instituições da Venezuela passa por apoiar o líder opositor Juan Guaidó, atual presidente do Parlamento do país vizinho.
"O caminho para o alívio às sanções a indivíduos e empresas alinhadas com o antigo regime de Maduro, incluindo instituições como a PDVSA, passa por uma mudança de comportamento em apoio ao líder democraticamente eleito e que tenta restaurar a democracia", afirmou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em comunicado.
A nota reitera o apoio de Washington ao povo venezuelano e a Guaidó, reconhecido como presidente legítimo do país por mais de 50 nações. Nesta terça-feira, ele liderou um revolta, sob o nome de "Operação Liberdade" e apoiada por alguns militares.
Argentina
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, elogiou nesta terça-feira a libertação do líder opositor venezuelano Leopoldo López, reiterou que não reconhece o governo de Nicolás Maduro, a quem classificou como "ditador", e disse esperar que "este seja o momento decisivo para recuperar a democracia" na Venezuela.
"Que a longa angústia que levou sofrimento e medo aos venezuelanos chegue ao fim, e comece um período de liberdade, sensatez e crescimento. Não será fácil, como bem sabemos nós, os argentinos", afirmou Macri no Twitter, um dos líderes que reconhecem Juan Guaidó, presidente do Parlamento venezuelano, como governante interino do país sul-americano.