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Venezuela: oposição contabiliza 7 mortes na fronteira com Brasil

O deputado oposicionista Ángel Medina denunciou que a população de Santa Elena está sob um 'massacre contínuo' desde o fechamento da fronteira

Internacional|Da EFE

Oposição diz que 52 foram pessoas
Oposição diz que 52 foram pessoas

A Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição, disse nesta quarta-feira (6) que sete pessoas morreram após os confrontos registrados no último sábado de fevereiro na fronteira da Venezuela com o Brasil, quando houve uma tentativa dos críticos do chavismo de levar ajuda humanitária ao país.

Em um longo debate, a deputada indígena Gladys Guaipo identificou todas as vítimas. Segundo ela, os mortos eram moradores da região da fronteira que exigiam que o governo de Nicolás Maduro desbloqueasse a passagem para permitir a entrada da ajuda.

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Os protestos geraram confronto entre os manifestantes e as forças de segurança. Em Santa Elena de Uairén, pequena cidade habitada por indígenas que faz fronteira com o Brasil, a oposição denunciou que os agentes leais a Maduro haviam feito praticamente um cerco.

Segundo a deputada Olivia Lozano, 52 pessoas foram presas na região. Além disso, 42 ficaram feridas.


"Muitos deles foram levados a hospitais de Boa Vista (no Brasil) devido à escassez de remédios e materiais médicos no centro hospitalar de Santa Elena", afirmou a deputada.

A deputada disse que no dia 23 de fevereiro, data marcada para a entrada da ajuda enviada por diversos países à Venezuela, um grupo de parlamentares acompanhava os indígenas no protesto, mas acabaram atacados com tiros de pistolas e fuzis.


"Vivemos uma situação difícil e de risco para nossas vidas", afirmou Lozano, garantindo que vai denunciar o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Já o deputado Ángel Medina denunciou que a população de Santa Elena está sob um "massacre contínuo" desde o fechamento da fronteira.

"É um massacre porque gerou enormes problemas econômicos para uma população que vive da sua relação com o Brasil. Já são mais de dez dias que o sul da Venezuela não recebe alimentos porque eles vêm do Brasil", explicou o parlamentar.

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