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Venezuela suspende aulas e jornada de trabalho devido a novo blecaute

País passou por apagão semelhante há 20 dias. Nicolás Maduro classificou falta de luz em 24 estados como ataque a hidrelétrica

Internacional|Do R7

Venezuela suspendeu aulas por falta de luz
Venezuela suspendeu aulas por falta de luz

O governo da Venezuela suspendeu as aulas e a jornada de trabalho em todo o país depois que várias cidades e amplas zonas de Caracas amanheceram sem energia elétrica nesta terça-feira (26), 20 dias depois que um grande blecaute deixou o país petroleiro no escuro durante quase uma semana.

Na tarde de segunda-feira, uma falha classificada pelo governo do presidente Nicolás Maduro como "um ataque" deixou a maioria dos 24 Estados do país sem luz por cerca de cinco horas.

De noite, após o restabelecimento parcial do serviço, a luz voltou a faltar, e na manhã desta terça-feira (26) grande parte do país continuava sem eletricidade, segundo testemunhas da Reuters e usuários de redes sociais.

"Perpetrou-se um novo ataque de magnitude no pátio de transformadores de Guri", disse o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, na noite de segunda-feira, em referência ao maior complexo hidrelétrico da Venezuela, que fornece cerca de 70 por cento da energia da nação.


Rodríguez não especificou a falha, mas disse que ela afetou "três linhas (de transmissão) muito importantes".

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Alguns especialistas sustentaram que os cortes de luz são produto da deterioração do serviço por falta de investimento desde que o falecido presidente Hugo Chávez nacionalizou o setor elétrico, em 2007.


TRANSTORNOS

Em Caracas, os comércios, bancos e colégios estavam fechados e o transporte público em circulação era mínimo. O metrô e os trens não estavam operando.


Como as linhas telefônicas e a internet não funcionavam bem, algumas pessoas não souberam da medida governamental de cancelar a jornada de trabalho durante 24 horas e foram aos seus empregos, encontrando-os fechados.

"A qualidade de vida que temos no país está no chão", queixou-se Yolanda González, uma assistente de dentista de 50 anos que estava esperando transporte público para ir trabalhar em uma zona de classe média de Caracas sem saber se o consultório estaria aberto.

A falta de luz também estava afetando a distribuição de água potável, deixando hospitais sem energia e provocando o colapso dos bancos virtuais, vitais devido à escassez de moeda em um país com hiperinflação.

As operações no principal terminal de exportação de petróleo, José, foram afetadas pelos cortes de luz, disse à Reuters uma fonte da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). O resto da indústria petrolífera, que conta essencialmente com subsídios próprios, não reportava falhas.

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