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Venezuelanos protestam contra resultado da eleição em Caracas

Mais cedo, o procurador-geral da Venezuela afirmou que tentativas de ignorar o resultado da eleição serão classificadas como crime

Internacional|Hellen Leite, do R7, e Raul Dias Filho, enviado especial a Caracas


A reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela tem gerado protestos de cidadãos que exigem mais transparência no processo eleitoral. Em diversos pontos de Caracas, manifestantes estão realizando “panelaços” e as ruas próximas ao Palácio Presidencial estão bloqueadas. Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Maduro obteve 5,15 milhões de votos, correspondendo a 51,2% do total, sendo assim proclamado presidente da república para um terceiro mandato consecutivo. Com isso, ele permanecerá no poder até 2031.

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Mais cedo, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, defendeu o resultado das eleições no país e informou que o governo vai monitorar “qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada de violência”.

Segundo o procurador-geral, tentativas de ignorar o resultado das eleições serão enquadradas como crime. No discurso, Saab citou delitos como obstrução de vias públicas, resistência as autoridades e desconhecer o resultado das eleições. A pena para os crimes pode ser de três a seis anos de prisão.

“O único que pode dar resultados é o Poder Eleitoral, com o seu presidente. O 29 de julho deve ser um dia de alegria e união familiar”, afirmou Saab.


Argentina e Colômbia

Também há registros de protestos contra a reeleição de Maduro na Argentina e na Colômbia. A principal crítica diz respeito à falta de divulgação da contagem detalhada dos votos.

O presidente argentino, Javier Milei, declarou que a Argentina não reconhece a “fraude eleitoral” na Venezuela. Ele também respondeu às ofensas feitas por Maduro após o anúncio do resultado eleitoral. Na ocasião, Maduro chamou Milei de “traidor” da pátria e afirmou que ele está “vendido” aos Estados Unidos.


Além da Argentina, outros países também exigiram acesso às atas das eleições. Em um comunicado conjunto, os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai pediram uma revisão completa dos dados eleitorais.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou nas redes sociais que não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”.


“A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo prestem contas pela veracidade dos resultados”, escreveu nas redes sociais.

A líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo González Urrutia se pronunciaram após a divulgação dos resultados pelo CNE. Segundo ela, os dados apresentados são “impossíveis diante das informações que estamos recebendo”.

“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou. “Já ganhamos e todo mundo já sabe. (...) Ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”

“Neste momento temos mais de 40% das atas. Estamos recebendo todas as atas que o CNE transmitiu e todas as informações coincidem que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro 30% dos votos, esse é a verdade.”

China, Rússia, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia parabenizaram Maduro pela reeleição. O Brasil afirmou que vai esperar por mais informações sobre a eleição da Venezuela para se pronunciar de forma oficial.

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